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Itapecerica sedia seminário nacional sobre cultura africana

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Redação

14/03/2014 00:00
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O Instituto Latino Americano de Tradições Afro Bantu (Ilabantu) e a Coordenadoria de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Itapecerica da Serra realizaram no dia 8 de março, no Recreio Campestre, mais uma edição do Seminário Nacional “Conversa de Terreiro”, que tratou do tema “Ressignificando a História e a Cultura Africana e Afro-brasileira na Escola”.

A proposta é incentivar o cumprimento da Lei 10.639/03, que determina a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no ensino fundamental e médio, nas escolas públicas e privadas.

O evento, que contou com a presença de educadores, entre professores doutores, operadores da educação e de direitos humanos, de lideranças do movimento negro e de outros movimentos sociais, foi uma iniciativa para debater assuntos ligados à aplicação da lei, principalmente no que se refere à falta de formação dos professores para trabalharem o tema.

O projeto surge da necessidade de diálogo e, sobretudo, de mobilização por parte tanto dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana, indígenas e ciganas quanto de afrodescendentes de modo geral, abrangendo não só questões relacionadas no âmbito da tradicionalidade, mas também discutindo assuntos importantes, como o combate ao racismo e a discriminação ainda ligados à sociedade atual.

“Apesar dos seus limites, a aplicação da lei nos ajudará a alcançar grandes objetivos, como provocar a reflexão sobre a discriminação racial, mudar a mentalidade preconceituosa e superar as desigualdades raciais”, afirmou o jornalista e técnico em educação para as relações étnico-raciais Walmir Damasceno, Coordenador de Políticas Públicas de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Itapecerica da Serra.

Durante a programação, que contou com a presença de importantes nomes do mundo acadêmico e educacional como os professores doutores Carlos Serrano (USP), Sergio Paulo Adolfo (UEL-Londrina/PR), Otair Fernandes (UFR-RJ), Deivison Nkosi (UFSCar) e Rodney Wiliam (PUC-SP), esteve presente também o secretário municipal de Cultura, Paulo Flamingo, representando o prefeito Chuvisco.

Entre os assuntos abordados nas mesas de discussão, questões como intolerância, saúde pública e experiências escolares no ensino das culturas de matriz africana nortearam os debates. Além disso, o evento contou com intervenções culturais, com música, poesia e capoeira.

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