Grevistas fazem panelaço em frente à Secretaria de Educação de Taboão
Os servidores da educação de Taboão da Serra realizaram nesta segunda-feira, dia 15, um panelaço em frente à Secretaria Municipal de Educação (Seduc). Esse foi mais um ato para chamar a atenção do governo, quanto à seriedade da greve, que já dura 18 dias.
Os grevistas, representados pelo Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais (Siproem), não aceitaram a proposta do prefeito Fernando Fernandes, que propôs a suspensão da greve até o dia 25 de maio, quando ele receberia os grevistas. “O prefeito intransigentemente não recebe o movimento. E o movimento por sua vez, tem boa vontade de conversar, mas não pode esperar até o dia 25. A data está muito longe”, declarou o presidente do Siproem Adenir Segura.
O grupo fez uma caminha do Largo do Taboão até a Seduc, onde esperava ser atendido pelo secretário da Educação, João Medeiros. “Tem criança lá na escola sem professor, sem ADE, ADI, PDI, sem auxiliares de classe e inspetor de alunos. Isso significa que o serviço da Secretaria neste momento não está sendo bem prestado para a população de Taboão. Porque os trabalhadores da educação aqui estão, na porta da Secretaria, pedindo para serem atendidos pelo secretário da Educação [João Medeiros]. Queremos que ele leve ao prefeito uma mensagem dos trabalhadores, que nós não estamos satisfeitos com essa situação de salários congelados a vida toda”, falou Segura.
Entre as reivindicações dos servidores estão, reajuste salarial e vale-transporte. “Queremos a revisão anual dos nossos salários, que os nossos salários sejam reajustados. É impossível que a gente tenha na Secretaria de Educação, trabalhadores recebendo R$ 730, ou seja, menos que salário mínimo nacional. É uma vergonha. Por isso que nós estamos aqui, na frente da Secretaria, fazendo esse piquete, para dizer ao secretário João Medeiros que nós não vamos mais aceitar essa situação de semiescravidão que está imposta aos trabalhadores da educação de Taboão da Serra”, disparou Segura.
Funcionários da Secretária informaram que Medeiros não se encontrava no prédio. Ao meio-dia o grupo encerrou a manifestação. Os grevistas voltam a se reunir nesta terça-feira, dia 16, na Câmara Municipal.
Novas medidas. De acordo com Segura, o sindicato já pensa em pedir a intermediação da justiça ”entre nós e o poder público, uma vez que o prefeito não conversa com a categoria”.
Denúncia. Segundo o Siproem, nas escolas Pica-Pau, Chico Bento, Jotalhão, Dona Benta, entre outras unidades, pais de alunos e profissionais que não aderiam a paralisação, estariam sendo remanejados para cobrir os grevistas.
“Isso é uma denúncia. Tem pai e mãe de aluno dando banho, dando comida [para as crianças]. Tem gente da comunidade substituindo os trabalhadores, inclusive em atividades que exige muita responsabilidade […] Estão também deslocando funcionários de uma unidade para outra, colocando até PAPs para cuidar de criança”.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura para questionar a denúncia feita pelo Siproem, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.