Geraldo Cruz diz não temer debandada de petistas antes das eleições

O deputado estadual e pré-candidato a prefeitura de Embu das Artes, Geraldo Cruz, afirmou que os petistas que ameaçam deixar o governo são “oportunistas”. Segundo apurou a reportagem do Portal O Taboanense, pelo menos cinco lideranças, entre elas o vereador Gilson Oliveira e o secretário de Esportes, Silvinio Bonfim, podem deixar o PT antes das eleições.

Cruz foi enfático, disse que acredita que aconteça essa “debandada”, mas classificou os colegas de oportunistas. “É natural essas mudanças, infelizmente no Brasil não temos partidos fortes do jeito que queremos, ainda vivemos isso. Acho natural quem está saindo, mas é uma posição equivocada. O PT ‘está isso, está aquilo’, mas é o PT que tirou 40 milhões da pobreza, colocou 30 milhões para a classe média. E é esse governo que eles não têm coragem defender, mas nós temos orgulho de defender”.

Apesar de tratar as possíveis desfiliações como “prováveis”, Cruz disse que espera reverter a postura dos petistas. “Desejo boa sorte para quem for, amanhã a gente pode estar juntos novamente, cada um é livre. Eu lamento que as pessoas façam [mudança de partido], é um momento de fraqueza, é muito ruim constatar que no meio político estavam juntos de nós oportunistas, eu acho oportunistas. Eu quero defender o PT mesmo sabendo que está difícil”.

O deputado já se coloca como pré-candidato a prefeitura de Embu das Artes e diz que seu partido irá fazer “uma campanha propositiva, de continuidade, mas também de renovação, nós sabemos onde tem que renovar”.
Sobre as candidaturas de Ney Santos e de Natinha, Cruz foi pragmático. “A única candidatura que é do governo é do vice. Do outro [Ney Santos], pode ser que está apoiando o governo em um momento mais oportunista. Minha opinião é que ele não tem uma relação orgânica com o governo. E é difícil não apoiar esse governo, não tem como, ele tem dificuldade de fazer oposição”, avaliou.

Moderado

O prefeito Chico Brito também comentou sobre a possível debandada petista. Mais moderado, Brito disse que as movimentações políticas são normais e esperadas. “Essa não é a primeira vez que as pessoas saem do PT e não vai ser a última. E é isso, as pessoas saem e outras chegam”.

Sobre uma possível costura para que as lideranças permaneçam do partido, Brito disse que nada ainda está definido. “Eu não sou da direção do partido, eu posso contribuir, mas é a direção que tem que dar conta desses desafios. Mas tem muito tempo ainda. Para você ter uma ideia, eu já vi desde o começo do ano algumas pessoas mudando de partido três vezes. Eu já vi mudando de candidato a prefeito três vezes. E com a aprovação da janela de seis meses, vocês vão ver muito mais coisa ainda”.

Segundo Brito, o que não muda é sua posição em relação ao apoio a pré-candidatura de Geraldo Cruz. “A única certeza que eu tenho é que eu continuo respeitando o meu arco de aliança e defendendo o Geraldo [Cruz] para ser o meu sucessor. Isso não muda. É natural que as pessoas queiram se movimentar, elas querem se sentir prestigiadas. Mas acredito que o PT manterá o número de quatro vereadores na sua bancada”.