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Fernando Fernandes diz que canalização do córrego Poá termina em 60 dias

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Redação

22/02/2016 00:00
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A região central de Taboão da Serra, em especial o Largo e a Vila Santa Luzia, vem sofrendo nos últimos dois meses com os constantes transbordamentos do córrego Poá. As obras para o final da canalização estavam paradas aguardando a desapropriação de seis imóveis. Nesta semana, o prefeito Fernando Fernandes disse que com a imissão de posse concedida, as obras devem ser concluídas em até 60 dias.

Fernandes visitou as obras de canalização na manhã da última quinta-feira, dia 18. Ao lado do secretário de obras, Rogério Balzano, o prefeito conversou com a empresa responsável e pediu que a canalização do trecho final, pouco mais de 300 metros, seja agilizada. As desapropriações, segundo a prefeitura, são necessárias para a construção do canal de reforço.

Prefeito Fernando Fernandes vistoriou obras de demolição de imóveis desapropriados para o fim da canalização | Divulgação

Segundo o prefeito, as obras atrasaram por erros no projeto inicial, feitos na gestão passada, e pela demora nas desapropriações, que não estavam previstas quando o projeto foi apresentado. “Recebemos nessa terça-feira [16] as imissões de posse dos imóveis desapropriados e já podemos dar continuidade nas obras. Esses imóveis serão demolidos nos próximos dias”, afirmou.

O secretário de obras, Rogério Balzano, disse que a obra deverá ser concluída até o final de abril, caso as chuvas não atrapalhe as obras. “É impossível trabalhar em dias de chuva, o córrego precisa estar baixo para a canalização. Mas com as desapropriações podemos ter a retomada das obras no trecho final da Rua Santa Luzia a Rua Getúlio Vargas”.

De acordo com Balzano, a construção de um túnel Linner, que irá  auxiliar o escoamento do córrego Poá até o Córrego Pirajuçara, dividindo a vazão em três pontos diferentes, deve ficar pronto em maio deste ano. “São obras grandes, complicadas, mas elas precisam ser feitas para acabar com esse problema”.

Enchentes

Nos últimos dois meses, a região central enfrentou pelo menos cinco grandes enchentes, que causaram prejuízo para os moradores. Hoje o córrego Poá está com 90% de seu leito canalizado. As fortes chuvas que vem castigando a região acabaram transbordando o córrego por conta de um afunilamento próximo da rua Santa Luzia.

Em março do ano passado, Rogério Balzano afirmou que a prefeitura mudou o projeto inicial feito na época pelo ex-prefeito Evilásio Farias por erros que prejudicavam o escoamento da água no encontro dos córregos Poá e Pirajuçara.

Balzano apontou na época um erro no projeto inicial como um dos motivos para a mudança na obra. “O projeto inicial chegava com um desnível de desemboque no Pirajuçara de menos 80 centímetros, ou seja, ia chegar com 80 centímetros abaixo do Pirajuçara, o que iria causar maior refluxo, dificultando ainda mais o escoamento. Identificado esse problema no projeto anterior, fizemos um novo estudo, criando uma canalização auxiliar a canalização já existente”.

A principal mudança aconteceu no trecho que vai da Escola Estadual Domingos Mignoni, no Pq. Santos Dumont, até o encontro do Poá com o córrego Pirajuçara. Nesse trecho está sendo construído um canal auxiliar que receberá o excesso de água nos dias de chuva muito forte. “Quando o canal principal do Poá chegar no seu limite, a água irá para esse canal de reforço”, explicou Balzano.

Segundo o secretário, a canalização auxiliar irá receber toda a água da drenagem do Centro e das ruas do entorno. “A canalização principal recebe toda água que vem do córrego Poá. Isso facilita o escoamento do centro, evitando novas inundações”. De acordo com Balzano, o córrego Poá terá três pontos diferentes de desemboque no Pirajuçara para dividir o volume de água.

Essa mudança no projeto aumentou o número de imóveis que precisavam ser desapropriados para a construção do canal auxiliar. Outra mudança foi a criação de duas linhas de tunnel liner (técnica de abertura de túneis estruturados, em aço, indicado para a realização de obras subterrâneas, especialmente em obras de drenagem de águas pluviais), no trecho compreendido entre as proximidades da rua Santa Luzia e o Piscinão, na divisa com o município de São Paulo.

Para a realização de toda a canalização, que vai da Avenida Marechal Castelo Branco até o Córrego do Pirajuçara, estão sendo gastos cerca de R$ 75 milhões financiados através de empréstimo do Governo Federal. A Prefeitura paga em média R$ 720 mil ao mês por este financiamento.

 

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