Fernandes critica expansão imobiliária e trânsito caótico
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Nesta segunda-feira, dia 30, o candidato do PSDB a prefeitura de Taboão da Serra, Fernando Fernandes, não participou de eventos públicos. O peessedebista participou de reuniões com sua assessoria e a noite de uma reunião com os candidatos a vereador, em seu comitê no Pirajuçara.
Fernandes voltou a criticar a falta de planejamento com o adensamento populacional, que, segundo ele, contribui com o aumento do trânsito nas principais vias da cidade, problema esse registrado por todos os bairros por onde passou, até o momento. Sem poupar críticas a expansão imobiliária desenfreada da cidade, o ex-prefeito atacou as alterações, em regime de urgência, do Plano Diretor.
Foto: Marcus Vinicius Dias
Fernando Fernandes não teve eventos públicos nesta segunda-feira
“O absurdo dessa história é que a cidade gasta um recurso considerável e contrata uma empresa fara fazer o Plano Diretor da cidade. Aliás, eu tinha feito isso, mas quando eles entraram na Prefeitura, rasgaram nosso Plano Diretor, alegando que não era bom, e contrataram outro, gastando três vezes daquilo que eu tinha gasto, e, no final, não mudou quase nada”.
O Plano Diretor é um instrumento básico da política de desenvolvimento do Município, pois sua principal finalidade é fornecer orientação ao Poder Público e a iniciativa privada, nas construções dos espaços urbanos e rurais na oferta dos serviços públicos essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a população, adstrita àquele território.
Ainda de acordo com o PSDBista, as votações na Câmara, em regime de urgência, prejudicam todo o trabalho de pesquisa feito por especialistas que estabelecem diretrizes para a ocupação adequada do município.
“Você rasga o Plano Diretor, pois manda projetos de lei para a Câmara em regime de urgência especial, que são votados em uma sessão, e muda tudo aquilo que está no Plano Diretor, em uma votação simples, a toda hora. De que eu tenho conhecimento, houve quatro mudanças, nos últimos tempos. Essas mudanças, sem estudo nenhum, sem estar contemplando nada, autorizam esse crescimento de verticalização, que causou todo esse transtorno para a cidade”.
Caso vença a eleição, Fernandes garante que vai obedecer ao Plano Diretor, mas que as propostas devem se adequar a realidade atual da cidade, levando em conta a infraestrutura e demanda para a utilização do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado.
“O Plano Diretor ter que ser revisto de tempo em tempo, pois a realidade da cidade muda. Por exemplo, aquele plano-diretor que eu fiz, há oito anos, já não é compatível com a realidade da cidade, hoje, pois ela teve esse adensamento desproporcional e, agora, a realidade é outra e, logicamente, nós precisamos pensar em novas soluções para a cidade. Eu não sei se será necessário a gente criar um novo plano diretor. Vamos analisar o plano diretor que está ai e vamos procurar adequar ou até realizar um novo para a cidade”.
Outro ponto bastante questionado pela população é a falta de respeito de estabelecimentos com barulhos próximos as residências, no horário da noite. Levando em consideração a Lei do Silencio, sancionada pelo vereador Olívio Nóbrega, que delimita em 70 decibéis o limite máximo de barulho emitido pelos bares e casas noturnas, Fernandes acredita que deve existir uma fiscalização mais branda os pontos que desrespeitarem a lei.
“A Lei do Silêncio existe, mas, ela precisa entrar em vigor pra valer. É preciso fiscalizar de maneira efetiva para que as pessoas cumpram. Não é justo que os moradores sejam prejudicados por bares que mantém o som ligado até altas horas e que também sejam ponto de encontro de venda de drogas, como já me disseram. A gente precisa ter uma fiscalização mais efetiva, em relação a isso. É fazer valer a lei do silencio, nada mais do que isso”.