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Falta de adesão do empresariado atrasa vinda do Corpo de Bombeiros para Taboão

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Redação

12/09/2008 00:00
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A baixa adesão dos empresários que atuam em Taboão da Serra e nas cidades vizinhas à campanha de arrecadação de fundos para a construção da sede própria do Corpo de Bombeiros (CB), deve atrasar ainda mais a instalação da unidade da corporação na cidade. Até o momento, as entidades responsáveis pela captação dos recursos só conseguiram arrecadar 20% do valor pretendido para a construção do prédio. Enquanto isso, os 27 homens que serão lotados na unidade e viaturas que eles vão utilizar continuam aguardando a conclusão da obra para dar início às atividades no município.
 
“Estamos tentando sensibilizar os empresários para a nossa causa. Mas, não está sendo uma tarefa fácil. Até mesmo aquelas empresas que já foram vítimas de incêndio não estão aderindo à campanha de arrecadação de recursos para a construção da sede dos Bombeiros”, lamenta o presidente da Comissão e integrante da Associação das Indústrias do Sudoeste de São Paulo (AISSP), Moisés Steffanelo, acrescentando que o empresariado local não costuma observar as necessidades de fora da empresa. 

Foto: Sandra Pereira | www.otaboanense.com.br

O empresário Moisés Steffanelo

 
Ele salienta que a idéia de transferir para a iniciativa privada a missão de arrecadar os fundos e construir a sede surgiu a partir das estimativas feitas pelos integrantes das instituições empresariais que lideram o movimento em favor da vinda do CB para Taboão. Eles avaliaram que  o projeto para a construção seria da ordem de  R$ 650 mil para o poder público e R$ 460 mil, caso a gestão ficasse sob a responsabilidade da iniciativa privada.
 
“Ficando sob a gestão da iniciativa privada a obra terá seu custo reduzido. Além disso, o período de execução também deverá ser menor”, pondera Moisés Steffanelo.
 
Por essa razão, ele já está estudando uma forma de sensibilizar o empresariado local para aderir a iniciativa e fazer as doações para complementar os recursos necessários à construção.  
 
No incêndio do Jardim Panorama, que matou 4 pessoas de uma mesma família e no que aconteceu mais recentemente num consultório dentário no Jardim Maria Rosa, a população lamentou ainda mais a inexistência do Corpo de Bombeiros em Taboão. Em ambas ocasiões ficou evidente a importância da corporação está localizada mais próxima do local do sinistro. 
 
Moisés Steffanelo afirma que diversas entidades do município e da região estão empenhadas na defesa da implantação da corporação na cidade. Ele lembra que a futura sede do Corpo de Bombeiros funcionará num terreno localizado na Avenida Vicente Leporace e já dispõe de um efetivo de 27 homens, um caminhão de combate a incêndio, uma viatura para resgate e um carro de vistoria. Os equipamentos que serão utilizados na nova unidade também já estão disponibilizados. Na prática, falta construir o prédio para que a unidade local do CB comece a operar.
 
Entre os principais aspectos positivos relacionados à implantação da corporação no Taboão destacam-se a diminuição do tempo de resposta para a preservação da vida e do patrimônio em caso de emergência. Outra conquista importante citada por ele diz respeito a agilidade dos processos de vistoria necessários para o funcionamento de estabelecimentos comerciais. Além disso, a cidade também passará a contar com o suporte no atendimento às emergências dados pelas equipes do CB. A instalação do Corpo de Bombeiros é uma parceria entre a iniciativa privada, a prefeitura e o governo do Estado.
 
À prefeitura de Taboão da Serra coube sancionar a Lei Municipal de Dotação de Fundos de Manutenção Operacional e disponibilizar o terreno para construção do prédio. O governo do estado forneceu os homens, equipamentos como computadores, móveis, entre outros e as viaturas. Já as empresas, representadas pela  Associação das Indústrias do Sudoeste de São Paulo (AISSP), Associação Comercial das Empresas de Embu e Região (ACEER) e a Associação Comercial das Empresas de Taboão da Serra (ACE), participam por meio do Termo de Adesão.
 
O prefeito Evilásio Farias afirma que a contrapartida da prefeitura está garantida há dois anos, desde que o município cedeu a área ao governo do Estado para a construção da sede. Ele lembra que também já foi firmado convênio com Corpo de Bombeiros e afirma que as empresas vão ter vantagem, já que terão alícota de seguro bem menor. 

“As empresas da cidade assumiram o compromisso de construir a sede e a prefeitura entra com a manutenção do prédio. Elas vão gastar uma vez só, e vão se beneficiar permanentemente. Já a prefeitura vai assumir o ônus de R$ 500 mil ao ano”, observa o prefeito, acrescentando que falta cada um assumir a sua função.

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