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Exposição Bomfim Alegria Sem Fim vai até dia 10 de novembro

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Redação

24/10/2016 00:00
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A arte de Aurino Bomfim (1946-2006) continua viva e inspirando novas gerações. Com apoio da Prefeitura de Embu das Artes, o artista ganhou uma exposição que reuniu mais de 150 artistas de diversas áreas, como pintura, escultura, desenho, terracota, música teatro, dança, foto, vídeo e outras, no Centro Cultural Mestre Assis do Embu, Largo 21 de Abril, 29, Centro. A programação inclui visitas monitoradas, sarau, debate, performances, shows e muito mais. Trabalhos de Aurino também estarão expostos. A visitação vai até 10 de novembro, diariamente, das 8 às 18h. A entrada é franca.

Texto da sua esposa, Raquel Zaicaner
Em novembro de 2016 faz dez anos que Aurino Bomfim se foi. O tempo dele no Embu testemunhou grande efervescência e transformações no universo artístico e cultural dessa cidade, que tem “das artes” em seu nome.

Para ele, viver era uma grande festa que devia ser celebrada a cada momento. Isso se reflete em sua arte em que cenas do quotidiano se apresentam com tanta alegria.

Agregador, estava sempre rodeado de pessoas enquanto pintava, tocava, cozinhava, contava histórias e dava sua risada, tão inesquecível.

Dez anos se passaram, mas Aurino está tão presente que nos convida sempre a continuar celebrando, juntos, a grande festa de estar vivo.

Aurino Antonio Bomfim Filho
Nascido na Penha, Rio de Janeiro, em 10 de fevereiro de 1946. Filho de Aurino Antônio e Adalgisa Bomfim, terceiro de seis filhos. Vem para o Embu das Artes em 1978, junto com Raquel Trindade e o Teatro Popular Solano Trindade. Aqui, dedica-se à pintura, à música e à culinária. Seus trabalhos podem ser encontrados com apreciadores de arte primitiva no Brasil e em países como: França, Israel, Japão, Alemanha, Holanda, Finlândia, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, entre outros.

Como músico, é componente fundador do G.R.A.N.E.S. Quilombo, no Rio de Janeiro. Ritmista, atua no Teatro Popular Solano Trindade, onde ocupa o posto de vice-presidente e diretor de patrimônio. Participa também de diversos espetáculos e programas de televisão, como a recepção ao Reverendo Desmond Tutu, na praça da Sé, o programa de Inezita Barroso e outros.

Nas artes plásticas, realiza inúmeras exposições individuais e coletivas, como o II Salão de Artes Plásticas de Taboão da Serra, a I Coletiva de Artes Plásticas da Secretaria de Estado da Cultura em Embu das Artes e a Coletiva "Arte Negra Raízes" no Paço das Artes. É membro da Comissão Organizadora do XIX Salão de Artes Plásticas de Embu. Tem obras expostas em eventos e projetos relacionados à participação do negro na arte e cultura, como o projeto Kizomba, pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, e o projeto Igualdade, pela Coordenadoria Especial do Negro do município de São Paulo.

Participa do projeto Consciência e Liberdade, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e Embaixada de Angola. Realiza exposições individuais no Cinyê Bar e Cultura e no Centro Cultural Jabaquara  Acervo da Memória e do Viver Brasileiro.

Em 1993, junto com sua companheira Raquel Zaicaner, assume o bar e restaurante do MAIS EMBU (Movimento de Artistas, Intelectuais e Simpatizantes de Embu), retomando uma atividade que o fez muito conhecido na cidade, por fazer "comidas comunitárias" em panelões, ao redor dos quais se reúnem artistas e intelectuais embuenses num momento de grande efervescência cultural.

O bar no Mais Embu retoma essa trajetória, que continua com o restaurante Adjunto do qual foi sócio proprietário. Em 2005, integra o grupo de primeiros artistas que fazem parte da Palhoça de Artes, com produção ao vivo, no Centro Histórico do Embu, onde trabalha e expõe até sua morte. Neste período, é um dos artistas da comitiva do Embu das Artes que vai para Padre Paraíso, em Minas Gerais, juntamente com Tonia do Embu e com o grupo do Memorial Sakai, para intercâmbio cultural.

Aurino Bomfim falece em 26 de novembro de 2006. Deixa quatro filhos: Alexandre, Fábio, Adalgisa (Dadá), Ruth e o enteado Vitor.

Programação completa:
27 – quinta-feira
19h – 22h (Centro Cultural Mestre Assis)
sarAurino (sarau em homenagem a Aurino Bomfim)
Frases recolhidas de Aurino Bomfim
Depoimentos sobre Aurino Bomfim
Apresentação musical com Emerson Santana e Antônio Bento
Paiulo Som interpretado por Rodolfo Figueiredo Vinícius Mazza
Intervenções Poéticas e Musicais

29 – sábado
19h – 22h (Centro Cultural Mestre Assis)
Carlos Caçapava apresenta: Tambor e Voz, Flores do Mulungu  e Grupo Sanza

4/11 – sexta-feira
19h – 22h (Centro Cultural Mestre Assis)
SignoArtes (Comemoração coletiva do aniversário dos “Escorpianos das Artes”)  com: a presentações musicais, declamações poéticas e coqueetel  

10/11 – quinta-feira
19h – 22h (Centro Cultural Mestre Assis e Palhoça Aurino BOMFIM)
Finissage de Bate-papo (roda de conversa com os artistas da exposição)
Revista do samba – com Beto Bianchi, Letícia Coura e Vitor da Trindade

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