Taboão da Serra está vivendo o maior escândalo de sua história. A prisão cinematográfica de três vereadores e de antigos e novos funcionários da Municipalidade alimentou os noticiários nacionais por vários dias.

A polícia publicou detalhados relatórios mostrando o caminho percorrido pelos suspeitos. A Câmara Municipal acabou criando uma Comissão Parlamentar de Inquérito objetivando auxiliar na apuração de fatos e tentar descobrir o olho do furacão.

Começou ouvindo funcionários da Prefeitura, a empresa responsável pelos programas da área financeira, mas até agora não chamou um único funcionário lotado nos gabinetes dos vereadores envolvidos, o que poderia, salvo engano, acrescentar aos autos importantes informações.

O povo está confiante de que na Câmara temos pessoas experientes, que não permitirão a vitória do corporativismo!

*E a posse dos suplentes que substituirão os vereadores licenciados, quando vai acontecer?

*Tenho ouvido muita reclamação da decisão da Prefeitura de implantar faixas de ciclovias em ruas estreitas como a Santa Luzia, por exemplo. Será que isso não pode ser repensado não?

*Os amigos José Batista e Laércio Lopes acabam de inaugurar “O Capixaba”, restaurante especializado em moquecas, na Regis Bittencourt, proximidade do Condomínio Chácara Iolanda. O sucesso tem sido enorme graças à simpatia dos proprietários e principalmente pelos ótimos pratos servidos. Parabéns!

*A pitangueira, símbolo da cidade, plantada na entrada do município, está moribunda. E como é ninguém vai fazer nada?

*Apesar de Taboão da Serra ser uma cidade que só tem zona urbana, possui algumas vias públicas denominadas de Estrada. Tenho a impressão que Já está na hora de algum vereador mudar isso, fazendo um projeto para acabar com as Estradas e criar Avenidas.

*Vejam como o “Aurélio” define a palavra corporativismo: “Ação (sindical, política etc.) em que prevalece a defesa dos interesses ou privilégios de um setor organizado da sociedade, em detrimento do interesse público”.

*Foi só falar que a Régis Bittencourt recebeu iluminação que como por encanto, em alguns trechos, voltamos à escuridão de sempre. Até parece brincadeira!

Roteiro histórico:

*Em setembro de 1962, Antonio Caetano Lopes Lucindo, tomava posse como oficial de Justiça do Município de Taboão da Serra para realizar diligências de cobranças de executivos fiscais que eram encaminhados para o fórum da Capital paulista. Em 1964 Caetano, como era mais conhecido, passou a fazer parte da equipe de funcionários da Prefeitura, na função de tesoureiro, permanecendo naquele posto até 1970.

*Em março de 1962 falecia Onofre Bianco que, depois de se aposentar da Companhia Sul América, passou a ser o encarregado de ligar e desligar as luzes do centro urbano de Taboão da Serra, trabalho que realizou durante 8 anos, granjeando a amizade e simpatia de todos, graças a sua dedicação e pontualidade no seu trabalho.

O Seu Onofre, como era chamado, era avô de Sergio Vitorino, proprietário da empresa Cascafio, sediada na Estrada Tenente José Maria da Cunha, no Jardim Record. Vale lembrar que até 1963 a iluminação pública não acendia e apagava automaticamente como é hoje. Possuía em determinados postes, chaves que eram ligadas e apagadas manualmente.

*Em maio de 1969, a Prefeitura colocava em funcionamento um novo carro funerário de marca Chevrolet, modelo Veraneio cujo motorista era Antonio Grotti. O veículo era preto e tinha suas janelas protegidas por pequenas cortinas pretas barrada de dourado.

*Nesse mesmo mês, também entrava em funcionamento um jeep Willys e a título experimental, uma lambreta para realizar o serviço de fiscalização de obras.

* Fiscalização: Fruto de um convenio entre as Prefeituras de São Paulo e Taboão da Serra, era inaugurada em julho de 1969, a Ponte do Gomes, ligando a Estrada do São Francisco com a antiga Estrada de Cotia. A solenidade foi presidida pelo Prefeito Ary Dáu e o Sub Prefeito de Santo Amaro Dr José Vitor Oliva.

*Em agosto de 1969 era aberta uma rua – hoje denominada Jovina Carvalho Dáu – ligando a Rodovia Régis Bittencourt à Avenida Central, atualmente batizada de Avenida Armando de Andrade. Anos depois a via recebeu o prédio da Delegacia, construído pelo Governo do Estado, tendo sido duplicada e pavimentada em 1978.

*No final de 1971, por ordem do prefeito Ary Dáu, a Prefeitura deu início aos estudos para a construção de uma fonte luminosa, no mesmo local onde estava sendo construída a primeira grande praça pública da cidade, hoje batizada de Nicola Vivilechio. O projeto de autoria do arquiteto Francisco Beck, juntamente com a nova Praça, foram inaugurados nas comemorações do aniversário de Taboão da Serra em fevereiro de 1972. Recentemente a fonte luminosa, um dos cartões de visita da cidade, foi totalmente reformada pela Prefeitura com o apoio da CINPAL – Cia Industrial de Peças para Automóveis.

*A primeira Biblioteca Pública Municipal, instalada na Av. José Maciel, 273, no mesmo prédio onde funcionava a Escola de Datilografia mantida pela Prefeitura, foi inaugurada em fevereiro de 1970. Para receber o número 01 do acervo, o prefeito Ary Dáu doou o mais importante livro da humanidade: A Bíblia Sagrada.

* Carteiras profissionais: de dezembro de 1968 a dezembro de 1969, foram expedidas 2.304 Carteiras Profissionais pelo sub posto Emissor, mantido pela Prefeitura na Rua Getúlio Vargas, 154, com expediente somente no período da manhã.

Boletim informativo Semanal do Rotary Club de Taboão da Serra.
Reuniões as terças feiras, às 20h, na Churrascaria Búfalo Branco, Av. Prof. Francisco Morato, 2.802

ECOS DA 82º CONFERÊNCIA DISTRITAL DO 4610
 
Realizada de 29 de abril a 1º de maio do corrente ano.

Leia o comentário sobre a participação do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles:

Com uma longa carreira no ambiente financeiro, chegando a presidente do Banco de Boston no Brasil e posteriormente presidente do Banco Central, Henrique Meirelles foi a última personalidade convidada para a Conferência Distrital a se apresentar.

Sua palestra, mais do que direcionamentos econômicos, foram certeiros em atribuir à educação a alavanca para qualquer desenvolvimento.

Foto: Reprodução

O economista Henrique Meirelles

O palestrante começou contanto uma experiência pessoal sobre quando deixou o Brasil para dirigir uma instituição com presença em 32 países e pôde observar a diferença de desempenho de taxas de crescimento dos países pobres e que começavam a crescer e melhoravam qualidade de vida da população e até alguns com declínio gradativo.

“Isso me chamou atenção e fui investigar”, disse. Certa vez, aproveitando a companhia de uma autoridade de Cingapura, perguntou sobre o desenvolvimento local o que lhe foi explicado quem em 1963, quando da independência do país em relação à Malásia, a maior preocupação seria a sobrevivência sem riquezas naturais. Entretanto havia um norte de que a educação seria importante então foram convidados professores ingleses, os de melhor qualidade didática para que compusessem o sistema educacional. Essa metodologia foi utilizada também no sistema jurídico com especialistas ingleses treinando a estrutura legal localmente e também a moradia foi tratada investimento, então concentraram esforços em investir e não cortar gastos.

Diante desta lição disse o palestrante, começou a pensar no Brasil e em seus recursos naturais para mudar o ciclo de baixo crescimento. E foi como presidente do Banco Central que Meirelles viu a oportunidade de contribuir para melhorar a situação promovendo um forte ajuste monetário e fiscal e com a ajuda do povo brasileiro o país conseguiu pagar a dívida externa de 200 milhões de dólares e hoje tem reservas líquidas da ordem de mais de 300 bilhões de dólares.

Foi com alegria que Henrique Meirelles lembrou que anos atrás fez uma palestra no Rotary da Avenida Europa falando sobre crise e hoje pode estar falando para o mesmo público de rotarianos sobre resolução de problemas, educação e infra-estrutura de forma positiva.

A palestra terminou com o oferecimento de flores para a esposa do Ministro e a entrega de troféu com o símbolo “Fortalecendo comunidades. Unindo Continentes”, lema da gestão do governador do Distrito 4610, Altamiro Ribeiro Dias que fez questão de ser o portador da entrega.

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Dr. Armando Andrade é advogado e Consultor de empresas. Foi vereador (1973/77), Presidente da Câmara (1975/1977), Prefeito por duas vezes (1977/1982 e 1989/1992). Para falar com o autor, diretamente pelo blog ou pelo E mail www.advandrade@globo.com.

O difícil começo…

Como Taboão da Serra conquistara sua independência política em 1959 e a legislatura daquela época estava em seu último ano, Itapecerica da Serra ficou responsável pela administração dos recursos e gastos referentes ao nosso território, mediante a implantação de um caixa separado, que em 1960 viria a ser entregue ao Prefeito eleito Nicola Vivilechio para poder pcomeçar a gerir o novo município.

Os recursos transferidos eram mínimos, principalmente diante das necessidades, pois a cidade precisava de tudo, a começar por uma sede para abrigar a Prefeitura e a Câmara Municipal, passando pela organização administrativa e culminando com os anseios da população de ver atendidas suas velhas reivindicações.

O primeiro prefeito, Nicola Vivilechio e o primeiro funcionário da prefeitura, Walter Belisqui

O Prefeito Nicola começou a montar sua equipe contratando como secretário Levy de Souza e Silva, um morador do Jardim Umarizal que conhecia bem as atividades administrativas. Foi buscar no Instituto Pinheiros um colega de trabalho que viria a ajudá-lo muito, Walter Belisqui, que na função inicial de tesoureiro tornou-se o primeiro funcionário público da cidade e graças ao estágio feito na Prefeitura de Itapecerica da Serra e a seu esforço pessoal tornou-se uma peça importante na montagem da máquina administrativa da cidade.

Na Rua Dr. Getúlio Vargas, 152, no centro histórico da cidade, foi alugado um prédio composto de um salão no térreo e uma residência no pavimento superior. Na parte baixa passou a ser a sede so Executivo e no andar de cima a Câmara Municipal. Vale registrar que a mesa do Prefeito e alguns outros móveis foram doados pela Viação Nove de Julho – antiga empresa de onibus sediada na cidade –dirigida pelo seu proprietário Sebastião Piedade dos Santos (Santão) e seu genro Lenine Crivelli.

Ao poucos, as dificuldades iam sendo superadas

O primeiro veículo adquirido foi um velho jipe e logo em seguida um caminhão usado, que tanto transportava material para algumas poucas e pequenas obras iniciadas, como para a coleta do lixo domiciliar – depositado no lixão que começava a se criar num terreno próximo onde hoje se localiza o Pronto Socorro e Maternidade Municipal – sem esquecer que, às vezes o veículo era até utilizado em mudanças de munícipes. E o que era mais curiosos: Como a Prefeitura possuía pouquíssimos funcionários, de vez em quando o próprio Prefeito era quem dirigia o caminhão.

Com exceção das ruas que formavam a Vila Santa Luzia, considerada o centro da cidade e que ia da via que dava nome ao pequeno bairro, até o córrego Pirajussara, na divisa com São Paulo, o restante do município era todo formado por ruas sem qualquer tipo de calçamento, o que trazia problemas terríveis com um pó infernal na época da estiagem e um indesejável lamaçal na temporada de chuvas.

O Prefeito conseguiu com o Governo do Estado a doação de uma motoniveladora, também usada, e passou a apedregulhar as ruas e estradas, mas não conseguia resolver o problema porque a cada dia surgiam novos loteamentos e as dificuldades, a bem da verdade aumentavam.

A falta de iluminação era séria, pois não só as ruas careciam desse benefício, como grande parte da cidade não possuía sequer iluminação domiciliar.

Outro relevante problema tinha que ser resolvido! A Prefeitura precisava transportar seus doentes para o Hospital das Clínicas e não possuía veículo para a tarefa. O Prefeito se acertou com os donos da Padaria Celeste, que existe até hoje no Largo do Taboão e adquiriu junto a eles um furgão, que antes fora utilizado para a entrega de pães e depois de algumas adaptações se transformou na primeira ambulância do município.

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Reuniões as terças feiras, às 20h, na Churrascaria Búfalo Branco, Av. Prof. Francisco Morato, 2.802

Presidente Marco Antonio fala sobre a viagem de companherismo realizada até a cidade de Louveira:

No dominho, 12 de junho passado, saindo da sede da empresa Nelson Imóveis, gentilmente cedida pelos amigos Nelson de Oliveira Moraes e sua esposa Maria Rachel, nos permitindo utilizar o estacionamento para os carros dos participantes pudemos desfrutar de agradáveis momentos. O passeio se iniciou por volta de 10h30min, contando com a participação de 31 pessoas, incluíndo a dupla de violeiros Valmir e Lauro, especialmente convidada, o que abrilhantou ainda mais o nosso lazer.

Fatos interessantes ocorreram na viagem:

Depois da saída de Taboão, notamos a presença de uma senhora não era convidada de nenhum participante. Questionada, por algum problema de memória, ela afirmou estar num passeio que se destiva ao litoral, mas como já estávamos distante do local de saída decidimos mantê-la participando do passeio, deixando para resolver o problema na volta.

Dona Terezinha, como ela se identificou, participou até o final do passeio, inclusive almoçando, bebendo alguns sucos e até cantando com a dupla sertaneja dos nossos amigos. Na volta Dona Terezinha nos informou onde morava e eu com minha esposa Fátima a levamos até a sua residência, na Estrada do São Francisco, próximo ao Ginásio de Esportes. Logo que chegamos o pessoal da portaria do prédio a identificou e confirmou que, realmente, ela residia no local.

Outro fato interessante, na ida fizemos uma pequena parada num posto de gasolina e restaurante da estrada. Pouco depois reiniciamos a viagem e quando nos aproimavamos de Jundiai o Lauro recebeu um telefonema do seu companheiro de cantoria, o Valdir, dizendo aflito, que ele e sua esposa não haviam embarcado e estavam no posto em que haviamos parado. Não houve jeito, voltamos para buscá-los e quando eles entraram no ônibus foram recebidos com palmas e muitas risadas.

Os acontecimentos que seviram para marcar o nosso passeio não pararam por ai.

Ao chegar na Chácara Alvorada, um grupo de motoqueiros entrou na nossa frente e ocupou as mesas reservadas para o nosso grupo, mas a habilidade e simpatia das “Mamas” comandantes do local, solucionaram a questão. A partir daquele momento passamos a nos servir de uma deliciosa comida tradicional de fazenda, onde não faltaram o leitão pruruca, a dobradinha, o feijão gordo, a farofa, o macarrão, as saladas, as pimentas, sem contar as sobremesas caseiras inesquecíveis e as frutas colhidas no próprio pé!

Tudo acabou dando certo, permitindo passar junto com os amigos companheiros e famíliares um domingo de muita alegria e com muita música de raiz.

Um abraço a todos.

Marco Antonio Rubens, Presidente do Rotary Club de Taboão da Serra, 2010/2011.

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Dr. Armando Andrade é advogado e Consultor de empresas. Foi vereador (1973/77), Presidente da Câmara (1975/1977), Prefeito por duas vezes (1977/1982 e 1989/1992). Para falar com o autor, diretamente pelo blog ou pelo E mail www.advandrade@globo.com.