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Envolvidos em esquema de aterros clandestinos são exonerados

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Redação

04/11/2011 00:00
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Nely Rossany, da Gazeta SP

O prefeito de Itapecerica da Serra, Jorge Costa informou através de sua assessoria que exonerou os sete funcionários citados na investigação do esquema de bota-fora em aterros clandestinos. De acordo com nota oficial, as demissões aconteceram em agosto desse ano, logo depois dos mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz. O comunicado aconteceu depois de denuncias de que funcionários citados nas investigações continuavam trabalhando na prefeitura.

“Além da exoneração dos funcionários comissionados e concursados, também foram abertas sindicâncias internas para apurar os fatos e localizar eventuais desvios de conduta dos servidores que possam ter causado prejuízo à Administração Municipal”, diz a nota oficial.

Foto: Thiago Neme | Gazeta SP

Lixo e entulho eram descartados em áreas de preservação ambiental

Em entrevista ao portal de notícias Jornal na Net, o prefeito Jorge Costa afirmou que está atuando com vigor para conter os crimes ambientais na cidade e que a cidade não pode mais servir como depósito de lixo de grandes obras de São Paulo.  “A GCM ambiental foi equipada para agir mais energicamente para evitar esses crimes”.

Entenda o caso

Em fevereiro desse ano, a Polícia Civil e o Ministério Público desmantelaram esquema de botas foras em Itapecerica da Serra, indiciando cerca de 20 pessoas, entre eles ex-funcionários públicos municipais e até um vereador, João Miranda. A maioria dos locais, que recebia lixo e entulho irregularmente eram áreas de preservação permanente ou mananciais.

As denúncias sobre o esquema veio através de um CD enviado à Delegacia Seccional de Taboão da Serra com gravações envolvendo o vereador João Miranda (PSB) e um ex-administrador do Regional do Jd. Jacira, Vítor Rangel Cavalcante.

De acordo com a gravação cada participante do esquema recebia entre R$ 50 e R$ 70 por caminhão que despejava entulho nos aterros irregulares. A Câmara Municipal chegou a investigar o caso através de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) e os suspeitos foram indiciados por formação de quadrilha, corrupção, falsidade ideológica e crime ambiental. As penas somam mais de dez anos.

 

 

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