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Eleitores de Embu das Artes escolhem hoje novo prefeito e 17 vereadores

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Redação

02/10/2016 00:00
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Das 8h às 17h deste domingo, dia 2, mais de 168 mil eleitores vão às urnas escolher o próximo prefeito de Embu das Artes e os 17 vereadores da Câmara Municipal. A escolha do próximo prefeito da cidade de Embu das Artes promete ser disputada. Após 16 anos de hegemonia do Partido de Trabalhadores (PT) no comando do executivo, e um racha dentro do partido, um duelo deve ser travado nas urnas neste domingo.

Embu das Artes tem sete candidatos a prefeito, são eles: Geraldo Cruz (PT), Ney Santos (PBR), Pedro Valdir (PSD), Juninho (PSOL), Nivaldo Orlandi (PDT), Dr. Almir (PEN) e Toninho Serapião (PMN).

Eleitores escolhem hoje o prefeito que irá comandar Embu das Artes até 2020 | Arte / Gazeta de S. Paulo

O atual prefeito Chico Brito saiu do PT em abril deste ano deixando em dúvida quem apoiaria como sucessor. Rivais nos primeiros anos de mandato, Ney Santos e Chico Brito se aproximaram nos últimos meses, mas foi Geraldo Cruz quem lançou Brito como prefeito em 2008.

Desafios

Embu das Artes é uma cidade frequentada por muitos turistas. Tem a feira de artes, artistas, e áreas verdes, mas muitos moradores nem frequentam o centro da cidade. É nas periferias que os embuenses enfrentam problemas como falta de áreas de lazer, unidades de saúde lotadas e falta de infraestrutura e saneamento básico.

A cidade tem 264 mil habitantes em um território de 70 km² e desafios de cidade grande. Aliar desenvolvimento e sustentabilidade deve ser levado em conta em uma cidade que tem mais de 50% de seu território em área de manancial.

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Conhecida nacionalmente como a cidade das artes, Embu atrai milhares de turistas ao centro histórico da cidade, mas os moradores principalmente da periferia da cidade convivem com uma outra realidade.
Com o crescimento sem planejamento falta infraestrutura nos bairros como tratamento e coleta de esgoto.

Hoje segundo dados da Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), o município coleta 65% do esgoto produzido e desses, trata pouco mais da metade, 55%. A população também se queixa da demora para marcar consultas nas unidades de saúde e de falta de vagas em creche. Investir em saúde e educação foram os principais pontos citados pelos candidatos a prefeito durante a série de entrevistas realizada pela GAZETA.

Mas os desafios vão além. Há obras paradas como a construção de uma Universidade Federal, que incluiria um parque. Construir, mas também é preciso preservar. Aliar desenvolvimento e sustentabilidade deve ser levado em conta em uma cidade que tem mais de 50% de seu território em área de manancial.

Nos últimos anos a cidade recebeu novas empresas, a maioria galpões de logística, já que o município tem uma localização estratégica por estar ao lado do trecho sul do Rodoanel, que liga as rodovias paulistas. Aliás a chegada do rodoanel foi um marco, mas trouxe diversos transtornos. Trouxe novas empresas e comércios, mas também fez com que o tráfego de caminhões e outros veículos dentro da cidade aumentasse. O trânsito é congestionado nos horários de pico e a malha asfáltica constantemente danificada.

O próximo gestor da cidade terá de trabalhar para o desenvolvimento e a preservação, além de investir nas áreas que melhorem a qualidade de vida dos seus moradores.

Moradores aguardam pela reabertura da maternidade

A espera pela marcação de consultas e exames é rotina para os moradores da região. Outra queixa comum são os prontos-socorros lotados. Mas em Embu, os moradores se queixam do fechamento de unidades. Em junho, a única maternidade fechou para uma reforma que deve durar, segundo a prefeitura, até novembro. E um pronto-socorro, no bairro Jardim Vazame foi desativado e agora funciona como hospital leito, não realiza mais o pronto-atendimento.

Em janeiro deste ano, o fechamento do PS foi motivo de protesto. Cerca de 200 moradores fecharam a avenida Augusto de Almeida Batista, que fica em frente ao antigo PS do Jardim Vazame. O objetivo da ação era atrair atenção da gestão pública e solicitar a reabertura da unidade de saúde.

Enchentes

Assim como nas outras cidades da região, as enchentes castigaram Embu das Artes nos últimos anos. Em dezembro do ano passado, a prefeitura chegou a decretar situação de emergência e ficou sem realizar atendimentos por três dias. Em janeiro deste ano, mais de 70 pessoas ficaram desabrigadas depois de um temporal que fez os córregos Pirajuçara, Embu-Mirim e Santos Dumont transbordarem atingindo cerca de 20 bairros.

Depois, no dia 19 de março, uma forte tempestade que caiu na região sudoeste da Grande São Paulo, também alagou as principais vias do município. A enchente foi considerada uma das mais fortes dos últimos anos, pela própria prefeitura.

Cidade avança com a chegada do Rodoanel, mas sofre com o trânsito  

A cidade de Embu das Artes foi sem dúvida a mais impactada com a chegada do trecho sul do Rodoanel na região, entregue em 2010. Colheu os bons frutos da obra como a chegada de novas empresas, comércios e o desenvolvimento, mas também sofre as consequências como o aumento do tráfego de veículos pesados na cidade, desgaste da malha viária e os congestionamentos constantes.

Embu das Artes se tornou um ponto estratégico para a instalação de galpões de logísticas de empresas já que o rodoanel interliga as rodovias Anchieta e Imigrantes, além da Região do ABC, às rodovias Bandeirantes, Anhanguera, Castello Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt, esta última liga a cidade ao sul do País.

Para tentar diminuir os impactos, a prefeitura realizou obras no viário da cidade, mas mesmo assim, principalmente as entradas da cidade pela rodovia Régis Bittencourt, ficam paradas por quilômetros nos horários de pico e aos finais de semana, quando a cidade recebe eventos e turistas.

 

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