Diferença no valor dos produtos da ceia de Natal chega a 160%
Os moradores da região sudoeste da Grande SP vão gastar mais neste ano com os produtos que compõem a ceia natalina. Além do aumento nos preços devido à crise, os mesmos produtos podem ter uma diferença de até 160% no valor. Este ano, o bacalhau, o peru, a uva passa e o damasco, foram os produtos que mais registraram aumento.
A GAZETA visitou seis mercados da região e analisou o preço de 12 produtos que fazem parte da ceia. O produto que registrou o maior aumento foi o quilo do bacalhau. No mercado Assai em Taboão da Serra, é possível comprá-lo por R$ 28,80, já no Lopes em Embu das Artes, o mesmo produto é vendido por R$ 45,90, uma diferença de 56%.
O quilo da uva passa também subiu, atingindo uma diferença de até 160% entre os mercados. No Assai é possível comprar 500 gramas por R$ 4,59, já no Extra da mesma cidade, a mesma quantidade é comercializada por R$ 12,18.
“Este ano, devido à crise, vamos ter que cortar muitos produtos da lista e tentar fazer uma ceia personalizada. Os valores não estão nada agradáveis”, informou o aposentado, Cicero Lima de 60 anos.
Um dos produtos mais tradicionais da ceia, as nozes com casca, registraram uma diferença de 92% entre os mercados. No Assai é possível comprar 450 gramas por R$ 12,90, já no Carrefour em Taboão da Serra, a mesma quantidade sai por R$ 25.
O peru, um dos principais produtos da ceia, não registrou um aumento tão grande. No Assai o quilo é vendido por R$ 11,38, já no Kaçula em Embu das Artes, é vendido por R$ 14,98, uma diferença de 25%.
Segundo o gerente do mercado Lopes, Elbert Sousa, este ano os produtos subiram de 12% a 15%. “As carnes tiveram o maior crescimento dos últimos anos. As bebidas também subiram, já os panetones não tiveram alteração”, informou.
Pesquisa. A Fundação Getúlio Vargas fez um levantamento de preços dos produtos de Natal: o azeite subiu 18,2%; o vinho, 24,5%, e o bacalhau, 43%. Já a batata subiu 54%, e a cebola, 60%. Até o frango, que se tornou a alternativa mais barata, subiu 10%.
Os consumidores passaram a pesquisar preços e comprar em lugares mais longe de casa para não prejudicar a ceia. Já as empresas trocaram as cestas de Natal por outros brindes, como um panetone, que registrou queda.