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Desempregada tenta suicídio pela segunda vez em uma semana

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Redação

30/03/2009 00:00
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A desempregada Cleide de Souza Melo, de 32 anos, que no último dia 22 tinha ameaçado se jogar de um dos postes de iluminação do hipermercado Extra voltou a tentar o suicídio neste domingo. Desta vez, a desempregada ficou pendurada por mais de quatro horas no mesmo local até que os bombeiros a convencesse a descer. Durante a semana ela recusou toda a ajuda que a prefeitura ofereceu.
 
O drama de Cleide voltou a se repetir neste domingo. Desempregada e prestes a ser despejada, ela subiu novamente em um dos postes de iluminação do hipermercado Extra, que tem mais de 25 metros de altura e ameaçou se jogar lá de cima caso a reportagem do programa Domingo Legal, de Gugu Liberato, não a entrevistasse.

Foto: Eduardo Toledo

A desempregada Cleide Melo ameaça se jogar do poste pela segunda vez

 
Segundo testemunhas, ela subiu no local por volta das 11h40 e contou com a ajuda de uma pessoa que estava em uma perua escolar. A polícia já solicitou as gravações das câmeras de segurança do hipermercado para tentar identificar quem tem auxiliado a desempregada a subir no poste. “Quem a está ajudando pode responder por auxílio ao suicídio”, disse a advogada Karina Nóbrega.
 
Desta vez, Cleide estava mais nervosa do que no domingo passado. A todo momento ela gritava, mandava os bombeiros se afastarem e respondia com raiva as provocações que o público fazia contra ela. Um dos que observava gritou: “pula logo, sua maluca”. Irritada, ela olhou para baixo respondeu: “eu não sou maluca”.
 
Por volta das 13h o momento mais tenso do resgate. Ainda sem o capacete e as cordas que a impediriam de cair, ela mandou que o bombeiro que negociava com ela se afastasse. Em seguida ela subiu até o topo do poste e quase perdeu o equilíbrio. Só às 14h10 ela aceitou a ajuda dos bombeiros e colocou o equipamento de segurança oferecido pelos bombeiros.
 
“Nós temos que trabalhar com muito cuidado, não sabemos o que passa na cabeça dela, então estamos indo no ritmo que achamos o mais adequado, mesmo que demore mais”, afirmou o tenente Armando, do 18º Grupamento dos Bombeiros, com sede em Barueri e que comandou a ação.
 
Segundo uma irmã de Cleide, ela passou a semana tranquila e havia prometido para a família que não faria mais nenhuma loucura. “Achei estranho quando ela subiu aí de novo”, afirmou. Segundo a irmã, Cleide quer o auxilio do Gugu para que seja feita a sua mudança para Cabo Frio, no Rio de Janeiro. O frete custa em torno de R$ 1.800.

Foto: Eduardo Toledo

Quatro viaturas da polícia e cinco dos bombeiros foram mobilizados para a operação de resgate: 4 horas de negociações

 
Por volta das 15h Cleide decidiu descer, mas parou no meio da escada. Nervosa, ela gritava para os bombeiros que não iria descer mais. Depois de mais uma hora de negociações, ela finalmente desistiu e desceu até o chão. Os bombeiros prestaram os primeiros socorros e ela foi levada para o Pronto Socorro Akira Tada.
 
Ajuda recusada
 
A secretaria de Assistência Social e Cidadania visitou Cleide na semana passada. Segundo Arlete Silva a prefeitura ofereceu ajuda jurídica para que ela recebesse o salário-desemprego que tem direito. Além disso, foi oferecida uma vaga na Frente de Trabalho, onde ela receberia R$ 300,00 por mês para trabalhar meio período.
 
A prefeitura ainda ofereceu tratamento psicológico, a inscrição em um programa habitacional do CDHU, cesta básica, legumes e frutas. “Infelizmente ela recusou toda nossa ajuda, ela quer a prefeitura pague a mudança dela, mas isso é proibido por lei”, afirmou a secretária Arlete Silva.

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