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Deputada Analice cobra mais leitos de UTIs para o HGP

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Redação

21/06/2015 00:00
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A deputada estadual Analice Fernandes, membro da Comissão de Saúde e segunda vice-presidente da Assembleia, falou sobre a importância de aumentar o número de leitos de UTI – Unidade de Tratamento Intensiva-, no Hospital Geral do Pirajussara. A parlamentar pediu ao secretário estadual da Saúde, David Uip, que estudasse esta possibilidade.

David Uip compareceu à Comissão de Saúde, para apresentação do Relatório Quadrimestral de Gestão do SUS e do Relatório Resumido da Execução Orçamentária, dia 16 de junho.

Deputada estadual Analice Fernandes na Comissão de Saúde | Divulgação

“O HGP tem 90% de seu atendimento voltado para moradores de Embu das Artes e Taboão da Serra, e 10% para pacientes da região. Hoje o número de leitos de UTI é insuficiente, tanto assim, que o prefeito Fernando Fernandes acabou por ter que implantar 10 leitos no Pronto Socorro Municipal. Porém a responsabilidade de leitos de UTI é do Estado e do governo Federal, e não do município”, explica a deputada Analice.

O Hospital Geraldo do Pirajussara conta com 280 leitos, sendo 10 de UTI adulto, e 5 de UTI pediátrica.
David Uip reconheceu a necessidade e afirmou que a região precisaria de um novo Hospital, e que estudos preliminares neste sentido precisariam ser feito.

O secretário abordou a mudança epidemiológica por que passa a população brasileira, que está vivendo mais e que, portanto, demanda mudanças no atendimento. Outro problema é o contingenciamento do orçamento da pasta, de R$ 403 milhões, que obrigaram a cortes em alguns setores, como medicamentos e publicidade.

Um dos destaques feitos por Uip é o Projeto BID, que injetará US$ 380 milhões e possibilitará a construção de cinco hospitais. Haverá também aperfeiçoamento de mecanismos de controle, informatização e capacitação de recursos humanos com apoio das universidades. Ainda, através de PPPs, serão construídos mais três hospitais regionais. Ele ressaltou, porém, que nenhuma outra obra será feita se não houver recursos, sendo que a prioridade é o término das que já estão em curso.

O secretário falou que, embora 42,5% dos paulistas tenham plano de saúde, tem aumentado a procura pelo serviço público de saúde devido ao aumento do desemprego. Ele apontou ainda o problema do excesso de procura de hospitais por pacientes que poderiam ser recebidos em atendimento básico e preventivo.

Judicialização

O fornecimento de medicamentos, geralmente de alto custo, demandado por via judicial é outro problema sério na opinião de David Uip, pois consomem recursos que poderiam ser mais bem utilizados em atendimentos básicos. Isso, continuou o secretário, é "uma inversão dos desígnios do SUS, pois quem pode entrar com ações na Justiça são os que têm dinheiro para isso".

O secretário informou que haverá outra grande demanda financeira e ações judiciais: um medicamento novo, que tem índice de cura de 98% dos casos de hepatite C, mesmo em casos avançados. Embora de alto custo, cerca de R$ 9 mil por paciente, esse índice de cura é financeiramente compensador, pois evita procedimentos muito caros como transplantes. A doença atinge 800 mil paulistas.

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