Criador diz que chinchilas soltas em Itapecerica por ativistas morreram

Nely Rossany

Depois que um grupo de ativistas invadiu um criadouro de chinchilas em Itapecerica da Serra, no domingo, dia 19, o dono do local, Carlos Perez, disse que cerca de 80 animais que ficaram soltos pela propriedade acabaram morrendo.

Segundo Perez, os animais foram ou comidos pelos cachorros da propriedade ou não resistiram ao forte calor. Os ativistas da Frente de Libertação Animal (FLA) entraram na Cabanha Master Chinchilas e soltaram cerca de 150 animais, sendo que alguns foram levados pelo grupo. A FLA alega que os animais eram mantidos em cativeiro somente para a retirada de sua pele para exportação.

Já o criador, que também preside a Associação Brasileira de Criadores de Chinchila Lanígera (Achila), diz que os animais eram “para fins de estimação”. Em uma página da internet, o grupo aparece com o rosto coberto dentro de uma das salas do criadouro com pichações ao fundo e os animais em mãos.

Lei aprovada

Nesta terça-feira, dia 28, a lei que proíbe a criação ou manutenção de animais para extração de peles foi sancionada pelo governo do Estado. O projeto de lei 616/2011, de autoria do deputado estadual Feliciano Filho (PEN), prevê mais de R$ 10 mil em multa, por animal, em caso de descumprimento da lei.

De acordo com o governo do estado, a proposta visa preservar as chinchilas e outros animais como coelhos, raposa, focas e esquilos, que tem sua pele utilizada pela indústria na favricação de casacos e acessórios.