Comissão inicia investigação contra a Cooperativa Vida Nova
Na manhã desta quarta-feira, dia 9, a Comissão Permanente de Obras da Câmara Municipal de Taboão da Serra realizou a primeira audiência pública do ano, para apurar as atividades da Cooperativa Vida Nova, que tem como presidente o ex-vereador José Aprígio, uma vez que o legislativo acredita que no momento uma abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI) não seria “interessante”.
De acordo com o presidente da Comissão, o vereador Eduardo Lopes (PSDB), não se trata de uma investigação ao Aprígio, presidente da Cooperativa, mas sim ao empreendimento, “a Cooperativa não está sendo alvo deste vereador e nem da Comissão de Obras somente, primeiro o Ministério Público a mando do governo municipal já fez em meados de agosto do ano passado essa questão […] quero deixar claro, não tem nada a ver com a pessoa do seu Aprígio”, esclareceu Lopes.
O presidente da Comissão informou que apresentará um ofício na próxima sessão ordinária da Câmara, para que a prefeitura disponibilize “toda a documentação desde o seu início [da Cooperativa] para que a gente possa se debruçar”.
Lopes também declarou que após a apuração dos fatos “se não houver motivos para abertura de uma CEI, eu subirei nessa tribuna para retirar minha assinatura, agora se houver me sinto no dever de não prevaricar e pedir que os demais pares assinem para iniciar a investigação”.
A vereadora Luiza Aprígio (PSB), que faz parte da Comissão como membro, disse estar “chocada” com tudo que está acontecendo e “quer entender” o motivo das investigações. “Tudo foi construído dentro da lei, conforme manda a prefeitura […] o secretário de Obras deveria estar aqui para dar explicações sobre como foi aprovado, porque o prefeito da época, que era o Fernando Fernandes, aprovou os projetos, aceitou fazer a Cooperativa aqui em Taboão da Serra […] Agora me admira muito, eu fico chocada, de ouvir falar de uma CEI”, disse.
O advogado José Vanderlei Santos, que falou em nome da Cooperativa e da vereadora Luiza, explicou que “não existe nenhuma ação movida pelo Ministério Público que tenha como objeto a Cooperativa habitacional, o que existe é uma ação civil pública”, de autoria da Prefeitura em que “o atual prefeito [Fernandes] questiona um ato administrativo do ex-prefeito [Evilásio Farias]… a questão é técnica, dos 10 projetos que a Cooperativa tem, oito foram aprovados pela administração atual, ela continua trabalhando de forma correta”, afirmou.
Uma nova audiência será marcada para que o secretário de Obras e funcionários sejam ouvidos.
Participaram da audiência os vereadores marco Porta (PRB), André Egydio (PSDB), Ronaldo Onishi (SD), Luiz Lune (PCdoB) e o presidente da Câmara, José Aparecido Alves (DEM).