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Comissão de Meio Ambiente da Câmara exige explicações sobre corte de árvores
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Na manhã desta segunda-feira, dia 6, membros da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Taboão da Serra, estiveram presentes no Condomínio Jardim Iolanda para colher informações sobre cortes de árvores, supostamente de maneira irregular. No local, o Governo do Estado esta realizando obras de canalização do córrego Póa.
Foto: Rose Santana
Árvores estão sendo cortadas devido obras de canalização do Jd. Iolanda
Os vereadores Paulo Félix, Olívio Nóbrega e José Macário, disseram não serem contra as obras, mas exigem um contrato oficial estabelecendo as contrapartidas, ou seja, o plantio de novas árvores.
“Tem coisas na obra que nós sabemos que é importante para a cidade, mas nós não podemos permitir a destruição ambiental, não podemos permitir o corte discriminado que esta ocorrendo e como presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara vou tomar as providências necessárias com técnicos, engenheiros responsáveis pela obra e ter garantias de que haverá uma compensação ambiental por cada árvore que foi cortada nós vamos exigir a plantação, de no mínimo, 50 árvores. Vamos também exigir o adendo no contrato para que seja feita a proteção assim que a obra esteja concluída”, declarou Félix.
Segundo o ambientalista e síndico do condomínio, Nilton Benedito Esteves, essa contrapartida vai acontecer, inclusive, as árvores frutíferas, não serão derrubadas, apenas podadas e replantadas. E a obra visa resolver um antigo problema de enchentes graves no local, que ocorre há mais de 10 anos. As medidas de recuperação ambiental determinadas pela Agência Ambiental Cetesb prevê o plantio de mais de 14 mil mudas de árvores nativas em todo o Estado.
“Plantio compensatório de 14.750 mudas de arbóreas nativas do Bioma Mata Atlântica segundo os critérios da Resolução SMA no. 08/08. Apresentar nova área para o plantio compensatório dos 10.550 mudas preferencialmente nas Áreas de Proteção Permanente (APPs) da mesma bacia ou sub-bacia hidrográfica, em prazo de 90 dias”, diz o documento.
O ambientalista Esteves ainda esclarece que a contrapartida vai ocorrer e que essa é uma obra do Governo do Estado através de sua autarquia Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), e a empresa responsável pela execução é a Souza Compec Engenharia e Construções Ltda e não do condomínio Iolanda.
Olívio Nóbrega declarou que a obra deve ser realizada, mas a compensação também precisa ocorrer. “As compensações são uma forma de a obra ser executada e ser compensar em outras áreas. Eu não concordo que as árvores tiradas do Jardim Iolanda sejam plantadas lá no Tietê ou em outras regiões distantes de Taboão, nós precisamos arborizar nossa cidade, fazer as compensações necessárias e fazer a obra também”, disse.
Outra questão levantada pelos membros da Comissão é a falta de proteção ao longo do córrego. “Também fomos informados que ao longo do córrego que vai ser canalizado não tem nenhuma proteção para evitar o que ocorreu em outros lugares, precisou morrer gente para depois fazer a proteção, então a questão da proteção não esta prevista, nós vamos fazer um aditamento no contrato para que essa proteção seja feita”, falou Félix.
Para Nóbrega a falta de representantes da Prefeitura de Taboão no local, uma vez que foram avisados pelos membros da comissão sobre a visita ao local, causou estranheza, e segundo ele, demonstra falta de interesse da atual administração.
“O que nos estranha muito é a falta de representantes da prefeitura que estão desinteressados, embora haja ainda 60 dias da administração do Evilásio, ele tem que estar interessado na cidade, ou então peça renuncia e de esses 60 dias para o prefeito que foi eleito”, questionou Olívio Nóbrega.
No momento, um acordo verbal suspendeu os cortes de árvores no local, até que a comissão analise toda a documentação. “Por enquanto estão suspensos [os cortes], até que a gente veja toda a documentação, tanto aqui por parte da empresa, como por parte da Cetesb, como parte da Prefeitura e assim que tiver tudo legal, que tiver o acordo firmado oficialmente as obras serão liberadas e nós teremos tranquilidade para garantir que não haja dano ao meio ambiente”, finalizou Paulo Félix.