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Coluna editada no dia 21 de maio de 2008

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Redação

21/05/2008 00:00
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Clima de guerra
O ambiente anda pra lá de pesado nas sessões da Câmara Municipal de Taboão da Serra. A cada terça-feira novas cenas de violência invadem o parlamento local, anunciando o clima de guerra que promete dominar a campanha eleitoral deste ano. As sucessivas e lamentáveis ocorrências registradas começam a provocar medo até mesmo entre os vereadores. Alguns deles já articulam meios de pôr fim aos atos de violência na Câmara.
 
Bagunça geral
As constantes discussões e brigas no Legislativo estão se tornando tão banais que surgem por motivos tolos, alguns chegam a ser vergonhosos. Basta uma pessoa discordar da outra para se instalar um clima de guerra digno de novela. Na última terça-feira não foi diferente: sobraram gritos, vaias, troca de tapas e até denúncia de gente armada dentro do plenário. Depois disso correria, gritos e vereadores pedindo a suspensão dos trabalhos até que a ordem se restabelecesse. Pena que a tal ordem anda passando muito longe da Câmara.
 
Caindo no descrédito
O pior é que a frágil segurança do nosso Legislativo pode muito pouco diante da massa enfurecida que se aglomera no local, a fim de defender a todo custo seu grupo político. Nem mesmo com reforço, como aconteceu na última terça-feira a paz se instalou no parlamento municipal de Taboão da Serra. O resultado prático disso é que o taboanense comum prefere se manter longe da casa e fica ainda mais descrente em relação aos políticos. Isso é facilmente constatado nas ruas da cidade. As pessoas estão cansadas de briga querem conhecer propostas sérias capazes de melhorar a vida no município.
 
“Cheirando a defunto”
Essa foi a expressão que o vereador Paulo Félix usou para descrever o clima da campanha eleitoral. Na sessão passada ele foi um dos parlamentares que pediu paz na condução do processo eleitoral. “Vou fazer um apelo novamente para que cessem os tambores da guerra e as vozes do apocalipse se calem”, sentenciou alertando que o clima atual ainda pode piorar. Félix chegou a pedir aos que amam Taboão que rezem para que haja paz na campanha. “A eleição passa, mas nós continuamos”, completou.
 
Previsão
Já há quem aposte que as brigas e o clima acirrado da campanha eleitoral, que só começa oficialmente no próximo mês, vão ter impacto direto no resultado da eleição. Quem defende a previsão argumenta que o eleitorado está mudando e não vai querer ser representado pelos defensores da vitória a qualquer preço.
 
De novo
O discurso do vereador Maurício André voltou a ser interrompido pelo protesto de presentes na última terça. Como na sessão passada os gritos o impediram de falar. A presidência suspendeu os trabalhos e com muito custo, apesar da presença da Guarda Civil Municipal, da Polícia Militar e dos constantes apelos do presidente para que todos tomassem seus assentos, conseguiu amenizar os ânimos. Após um longo período de suspensão das atividades os vereadores voltaram ao plenário com acordo firmado para votar os projetos rapidamente, sem discussão e encerrar a sessão.
 
Nova invasão
Dezenas de funcionários municipais da saúde lotaram a Câmara para protestar contra denúncias feitas a respeito da diretora do Centro de Referência da Saúde da Mulher, acusada de ser fantasma. Eles apresentaram no plenário um documento de apoio à diretora, além da escala de trabalho da mesma.
 
Meio ambiente
Moradores do Jardim Monte Alegre foram à Câmara pedir o apoio dos vereadores contra a construção de um condomínio de apartamentos numa área verde do local. Eles pediram a preservação do meio ambiente e ganharam o apoio da maioria dos vereadores. A população local já reuniu mais de 600 assinaturas contra a obra e conquistou o apoio do Ministério Público à causa.
 
Às escuras
Um dos temas mais comentados atualmente em Taboão da Serra certamente é a falta de iluminação nas ruas da cidade. O problema acontece tanto nas áreas centrais quanto na periferia. Os pedidos referentes à manutenção da iluminação pública são maioria entre as indicações apresentadas pelos vereadores da cidade. O pior é que quanto mais indicações eles fazem mais ruas na cidade ficam às escuras.
 
Pra não esquecer
O vereador Olívio Nóbrega lembrou aos pares na última sessão que fazer obras não é premissa do Legislativo. Ele fez questão de enfatizar que o vereador só realiza alguma obra se for eleito prefeito. O recado dele foi entendido. Mas, para quem será que a carapuça serviu?
 
Licença mais que justificada
A coluna pede desculpas antecipadamente aos leitores, pois ficará sem atualização por um breve período, em função da chegada do meu segundo filho – Daniel. O nascimento dele deve acontecer nos próximos dias e por isso a cobertura das sessões da Câmara será suspensa até o meu retorno. Quero agradecer a cada um de vocês que se informa por meio do nosso Portal. Saibam que a nossa equipe não poupa esforços no sentido de fazer jornalismo de qualidade e com coerência. Até breve e obrigada a todos!

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