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Coluna editada no dia 16 de abril de 2008
6 min de leitura
16/04/2008
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cidade
Sem acordo
Uma grande quantidade de trabalhadores ligados ao MST compareceu a sessão desta terça-feira, na Câmara, para acompanhar a votação de um projeto de Lei do Executivo, que facilita o desmembramento de terrenos nas áreas com interesse de habitação popular. Mas, apesar da expressiva participação dos integrantes do movimento, o projeto não foi aprovado porque o vereador Olívio Nóbrega pediu que a proposta fosse submetida à análise da Comissão de Justiça da Casa.
Sem acordo I
O projeto foi encaminhado pelo Executivo, mas coube ao tucano Paulo Félix a tarefa de defendê-lo e pedir o apoio dos pares para garantir a sua aprovação. Com um discurso inflamado em prol da moradia popular, Félix conseguiu a assinatura de 12 vereadores a favor do projeto. Mas, quando a aprovação já era dada como certa, Olívio Nóbrega pediu o parecer da Comissão de Justiça e acabou impedindo a votação.
Sem acordo II
Paulo Félix não se deu por vencido e tentou a todo custo defender o projeto. Chegou a pedir que os integrantes do MST orassem por Olívio. Nessa altura a massa de trabalhadores já estava inflamada a tal ponto que ameaçava se voltar contra a Casa, pelo fato do projeto não poder ser aprovado naquele instante. Veio então a seqüência que marcou os trabalhos da noite: Paulo Félix precisou subir na cadeira usada pelo cinegrafista que grava e transmite ao vivo as sessões da Câmara para conseguir acalmar os ânimos da multidão, que a esta altura já tinha se posicionado diante da cerca que divide o público dos vereadores.
Sem acordo III
Alguns vereadores ouvidos pela coluna se mostraram contrários à maneira como Paulo Félix agiu. Na defesa do projeto, eles disseram que o parlamentar chegou a inflamar os ânimos dos integrantes do movimento. Por causa disso, os trabalhos foram suspensos, para a reunião dos vereadores. Na sala secreta Paulo Félix foi cobrado pelo comportamento, pediu desculpas e voltou ao plenário disposto a remediar a situação.
Sem acordo IV
Depois disso ele usou a tribuna para fazer novo mea-culpa, como aconteceu na sessão passada, e literalmente convocar todos os integrantes do MST para participar da próxima sessão. O vereador já convidou também os integrantes do MTST para comparecer à Câmara na terça-feira que vem. Portanto, quem quiser assistir à próxima sessão tem que chegar cedo para garantir uma cadeira no plenário.
Bilhete Eletrônico nas peruas
A Câmara de Taboão da Serra aprovou um requerimento pedindo a implantação do sistema de bilhete eletrônico, o Taboão Card, também nas peruas que fazem o transporte alternativo da cidade. À medida visa igualar a concorrência entre o sistema alternativo e as empresas de transporte, que já implantaram o sistema. Além disso, o requerimento também propõe a criação de pontos de recarga dos créditos na cidade.
Pedido de exoneração
Os vereadores aprovaram, por unanimidade, um requerimento que será encaminhado ao executivo pedindo a exoneração de Celso Vasconcelos, o Celsinho. O documento é de autoria do vereador Maurício André, e está fundamentado no Estatuto Municipal do Servidor Público, que proíbe funcionários de agredir autoridades. Celsinho foi expulso da última sessão depois de proferir palavras ofensivas contra o parlamentar.
Sede própria
A Câmara Municipal de Taboão da Serra poderá finalmente ganhar a sua sede própria. Os vereadores aprovaram nesta terça, um documento apontando o terreno ao lado do Centro de Referência da Mulher, na Vila Iase, para construção do prédio que irá abrigar os trabalhos do legislativo municipal. A área em questão tem cerca de 3 mil metros quadrados. A expectativa dos vereadores é de que agora a sede própria da Câmara deixe de ser apenas um sonho.
Longe de Casa
A informação de que uma criança de Taboão da Serra está prestes a ser encaminhada para a adoção na Espanha, depois que a mãe foi presa ao tentar entrar no País com drogas surpreendeu o público presente nas sessões. Até mesmo entre os vereadores a informação provocou ampla repercussão. Os parlamentares aprovaram o envio de ofício a todas os órgãos e instâncias capazes de contribuir para que a garotinha volte para a sua família. Os vereadores alegam que a menina não cometeu crime nenhum e por isso não pode ser punida pelos erros da mãe.
De coração
A coluna faz um agradecimento especial a todos os leitores que se solidarizaram conosco diante das tentativas de repressão e mentiras veiculadas no portal de responsabilidade de uma líder comunitária e pré-candidata a vereadora de Taboão da Serra. Essas tentativas nefastas, visando prejudicar nosso trabalho, causaram espanto e indignação. Mas, não irão impedir a divulgação dos fatos que ocorrem na Câmara, da forma como reza o bom jornalismo. Agradecemos também, a todos os colegas jornalistas e aos vereadores que compreendem a importância da divulgação dos Bastidores da Câmara. Aproveitamos para reafirmar o compromisso de informar com isenção e qualidade, práticas honradas diariamente pela equipe do Portal O Taboanense.