Coletores e garis aceitam acordo e greve termina em Taboão da Serra
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região julgou nesta quinta-feira, dia 16, a greve dos trabalhadores de limpeza e varrição, que durou 25 dias, como não abusiva. Os desembargadores também determinaram reajuste de 9,5%, estabilidade aos trabalhadores de 90 dias a contar de hoje, os dias parados não serão descontados. Em Taboão da Serra os coletores de lixo, funcionários da empresa Cavo, desde a última quarta-feira, dia 15, já haviam suspendido a paralisação.
Os garis reivindicavam reajuste de 11,75%. O Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selur) chegou ao teto máximo de 8,5%, índice recusado pela categoria, porém os trabalhadores, por sugestão do TRT, aceitavam 9,5%, como não houve acordo a greve foi a julgamento.
O presidente do Sindicato dos trabalhadores em empresas de Limpeza Urbana Taboão da Serra, Cotia e região (Siemaco), Donizeti França, considerou a decisão do TRT uma vitória para a categoria, que além do reajuste, também conseguiu melhorias dos benefícios.
“O julgamento foi favorável aos trabalhadores, isso foi uma vitória. Também conseguimos 11 novos caminhões, melhorias nas condições de trabalho e no convênio médico. Amanhã [sexta-feira], às 7h, em frente a Cavo, encerramos oficialmente a greve e já voltamos ao trabalho”, declarou França.
O sindicalista lamentou a intransigência do patronal e da prefeitura durante a paralisação, segundo ele isso contribuiu para deixar a cidade em situação caótica. “Só lamento termos conseguido nossas reivindicações após 25 dias de greve, a empresa [Cavo] e a administração pública poderiam ter concedido as melhorias para os trabalhadores antes”, completou.
A estimativa é que em nove dias a coleta de lixo na cidade, seja normalizado em todos os bairros.