Câmara vota projetos em meio a discussão entre vereadores
A 27ª sessão ordinária da Câmara de Taboão da Serra desta terça-feira, dia 15, começou com os ânimos alterados. Mais uma vez o líder do governo, vereador Eduardo Nóbrega (PR) e o vereador de oposição Luiz Lune (PCdoB) protagonizaram um momento de tensão. Apesar do clima criado, os parlamentares aprovaram cinco projetos.
Um grupo de capoeiristas compareceram a Câmara Municipal para pedir que o projeto de autoria do vereador Moreira (PT), que institui no município o Dia do Capoeirista, fosse aprovado. A “pressão” deu certo ficou decidido que o Dia será comemorado todo dia 23 de novembro em Taboão da Serra.
O projeto 045/2015, de autoria do vereador Eduardo Nóbrega, altera o artigo 1º da LEI 1.757 de 06/05/2008 e estabelece que o Dia dos Desbravadores, no calendário oficial de eventos do município de Taboão da Serra, alterando a data de comemoração para o dia 21 de setembro de cada ano.
Outro projeto aprovado, de autoria do vereador Ronald Onishi, autoriza o executivo criar campanhas contra trotes telefônicos nos serviços públicos de atendimento de emergência em Taboão da Serra. “Hoje o Samu sofre com esse problema, temos números alarmantes e geralmente quem passa os trotes são crianças”, afirmou.
O vereador André Egydio apresentou o projeto 013/2013, que autoriza o governo a conceder isenção de IPTU aos imóveis utilizados por igreja e templo religioso de qualquer natureza. Desconto de 100% em todas as taxas de serviços públicos como coleta de lixo, taxa de publicidade entre outras que existam ou venham a existir.
Para serem colocados em prática, todos esses os projetos dependem da aprovação do Poder Executivo.
Pedido de afastamento
Pela 16ª vez neste ano a Câmara Municipal de Taboão da Serra votou um pedido de afastamento do prefeito Fernando Fernandes. Protocolado pelo presidente do PCdoB, Antônio Gomes, o Toninho, o pedido se baseia em um suposto não cumprimento da lei de Anistia, que prevê que o contribuinte tenha isenção, inclusive, no pagamento da sucumbência dos procuradores da prefeitura.
A lei foi questionada pelos procuradores que querem receber as sucumbências. A disputa está no judiciário e Toninho viu nesse imbróglio jurídico motivos suficientes para pedir o afastamento do prefeito. O pedido foi rejeitado por 10 a 3.
Briga
A discussão Tudo começou durante a discussão para a votação do requerimento 115/2014, apresentado por Lune, que requer junto ao executivo a folha de pagamento de todos os funcionários de livre nomeação e efetivos, “visando fiscalizar eventuais práticas de nepotismo”.
O primeiro a subir na tribuna para discutir o requerimento foi o vereador Nóbrega. “Temos que fazer um debate sempre sério, correto, apartidário nas questões que são apresentadas aqui”, disse o parlamentar que continuou – “nós sabemos quando a discussão vai ser séria, política e quando vai permear o caminho da politicagem. […] não é preciso raciocínio mais aprofundado, para saber que o líder do PCdoB que fazer política com esse requerimento … apenas para subir na tribuna e achincalhar o governo …pra ver se pega, se cola”, disparou.
Ironicamente Lune dá sua explicação da rejeição do seu requerimento na Casa e acusa Nóbrega de não querer a aprovação do requerimento, devido a “interesses próprios” e termina seu discurso chamado o líder do governo de “idiota”. “Você acha normal, eu incumbido de fiscalizar o executivo ter um pai lá embaixo [Prefeitura]? Eu quero mostrar quanto custa essa família [Nóbrega] para Taboão da Serra? Nóbrega eu faço política do jeito que eu quero, não preciso de você pra me ensinar. Eu não corro para o meu pai…”, ironizou.
“Não fico aqui no telefone recebendo mensagens, tenho vida própria. Não dependo disso. Sempre trabalhei, gerei emprego na cidade, ao contrário de muitos que enriqueceram na política, sim… esse cidadão vem denegrir a minha imagem? Eu sou fiscal do povo e vou fiscalizar mesmo que eu esteja lá fora”, finaliza.
Em seguida o presidente da Casa, vereador José Aparecido Alves (DEM) solicitou uma reunião de líderes na tentativa de acalmar os ânimos. “Senhores vereadores respeitem uns aos outros”. Lune foi advertido no Artigo 24, do regimento interno e ficou impossibilitado de fazer uso da palavra até o final da sessão. O requerimento 115/2014 foi rejeitado por 10 votos a 3.