Câmara solicita estudo sobre vale-transporte e dissídio para servidores
A Câmara Municipal de Taboão da Serra aprovou nesta terça-feira, dia 23, um requerimento em urgência especial, solicitando que o governo faça um estudo sobre a possibilidade de conceder aos servidores municipais reajuste salarial e a implantação do vale-transporte. Um ofício com o mesmo conteúdo foi protocolado na Prefeitura. O prefeito Fernando Fernandes (PSDB) tem 15 dias para responder o requerimento.
O requerimento, de autoria dos vereadores, Joice Silva e Johnatan 90 (PTB), Rita de Cássia e André Egydio (PSDB), Marcos Paulo (PPS), Ronaldo Onishi (SD), Priscila Sampaio (PRB), Cido da Yafarma (DEM) e Moreira (PSD), foi subscrito pelos parlamentares Alex Bodinho (PPS), Eduardo Nóbrega, Érica Franquini e Carlinhos do Leme (PSDB).
Apesar de votar favorável, o vereador Eduardo Nóbrega, questionou a real necessidade do requerimento, de acordo com ele, se houvesse tais condições o governo já teria atendido o pedido dos servidores.
“O requerimento tem que ser respondido em 15 dias, sob pena de crime de responsabilidade. Dissídio significa em última análise, dinheiro […] Quando a Câmara aprova um requerimento desse, tem que saber que o funcionalismo vai cobrar respostas. Por que não daria o dissídio o prefeito Fernando Fernandes? Não sabe o prefeito se tem condições ou não de dar o aumento ou o vale-transporte? Evidente que se o prefeito tivesse condições econômicas para isso o fará, já teria feito”, disse Nóbrega.
A presidente da Casa, Joice Silva, declarou que o requerimento foi feito com responsabilidade e também foi uma maneira de acabar com a “politicagem”.
“Quando apresentamos o requerimento, foi de forma responsável e séria. Precisamos ter meios para mostrar para os servidores o que é ou não é possível, com números e com dados, e mostrando a esses funcionários e sem distorcer palavras de nenhum vereador. Para que não haja politicagem com a palavra alheia. Vamos mostrar que nós temos realmente compromisso com a cidade. Se precisar cortar na carne, cortamos. Tem partidos que vão perder mais, outros que vão perder menos. Uns vão chorar mais, outros vão chorar menos”, disparou Joice.
Recentemente o Fernandes declarou que a Prefeitura não tem dinheiro para conceder tais benefícios ao funcionalismo. Questionada sobre a declaração do prefeito, a presidente garantiu que o requerimento não tem a intenção de colocar a palavra do governante em cheque, e sim, de mostrar aos servidores a real situação das contas da Prefeitura.
“Confiamos na palavra do prefeito, tanto que nós apoiamos isso e falamos isso. Acho que a gente não tem o que esconder, vamos mostrar aos funcionários qual a real situação da Prefeitura. Nós temos tanto, e não temos como pagar. Quando você faz isso, mostra a seriedade do governo. Então em momento algum nós colocamos em cheque a palavra do governo. Nós queremos que os servidores parem de colocar em cheque a nossa palavra, quando eu falo nossa”, declarou.