EM ALTA
Home

Câmara não vota criação da taxa dos Bombeiros

4 min de leitura
Foto do autor

Redação

15/12/2011 00:00
• Siga o Portal O Taboanense no Instagram, no Youtube e no X e fique por dentro de tudo que acontece na nossa cidade

Nely Rossany, da Gazeta SP

A expectativa dos empresários era grande em relação a ultima sessão da Câmara do ano, realizada na terça-feira à noite, pois além do orçamento municipal, era esperado que os vereadores colocassem em votação o projeto de Lei que criava a taxa e o fundo de manutenção do Corpo de Bombeiros da cidade, o que não aconteceu. A justificativa era que o projeto não estava em pauta.

Em entrevista por telefone à Gazeta SP, o Capitão PM William Vitorino, comandante do 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros deixou bem claro que a criação da taxa e do fundo de manutenção eram essenciais para manter a corporação na cidade. “Essa é uma prática que vem sendo adotada em todos os municípios do Estado. Não são todas as pessoas que pagariam essa nova taxa, só os empresários e comerciantes. Quem não é a favor da taxa, não é a favor do Corpo de Bombeiros”, disse.

Foto:Thiago Neme | Gazeta SP

Vereadores alegam que é o Estado e não os empresários que deve pagar a manutenção do Corpo de Bombeiros na cidade 

Durante a sessão, os vereadores se declararam favoráveis à instalação da corporação no município, mas alguns deles são contrários a criação da taxa, pois de acordo com eles, manter a corporação é obrigação do governo do Estado. “Não vamos votar em nenhuma taxa, não vamos onerar ainda mais a sociedade”, falou o vereador Olívio Nóbrega. Paulo Félix também compartilhou a opinião de Nóbrega. “O povo vai nos taxar de tiranos, déspotas e idiotas, é uma taxação sem critérios, estou disposto ao debate, respeitamos essa instituição”.

Efetivo perdido

Segundo Capitão Vitorino o Corpo de Bombeiros já contava com o efetivo de 30 homens, uma viatura do Resgate, e outra contra incêndio, que começariam os trabalhos ainda esse ano em prédio alugado pela Associação das Indústrias da Região Sudoeste da Grande São Paulo (AISSP), mas que sem a votação do projeto perdeu o efetivo. “Tínhamos disponível o efetivo, agora que não aprovaram a taxa, os homens terão que voltar para os seus postos de origem”.

O projeto para a criação da taxa de manutenção só deve voltar a ser discutido no ano que vem, depois da volta do recesso da Câmara, em meados de fevereiro. A Gazeta SP tentou entrar em contato com o presidente da AISSP, Nello Piergalini e com o diretor Alcides Waisel, mas nenhum deles retornou a ligação para comentar o assunto e falar sobre os próximos passos da Associação e o que será feito com o prédio que já havia sido alugado. 

Veja mais notícias na Gazeta SP, nas bancas da região

 

 

Notícias relacionadas