Câmara muda zoneamento e beneficia grandes construtoras
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A polêmica decisão da Câmara Municipal de Taboão da Serra, aprovada nesta terça-feira, dia 18, praticamente acabou com a esperança dos movimentos populares de habitação, que reivindicavam o terreno na rua César Simões, no Jd. Helena para construção de habitações de interesse popular. As emendas aprovadas deixam o terreno nas mãos de grandes construtoras, uma vez que a mudança no zoneamento retira a zona de interesse social.
A polêmica e confusão marcaram a votação do projeto 025/2011 de autoria do Executivo, que mudava a destinação de um terreno no Jd. Monte Alegre para a construção do Senac. A mudança do zoneamento era necessária, uma vez que o Plano Diretor, aprovado em 2006, direcionava o local para uma zona residencial.
Foto: Divulgação
Sessão foi tensa e contou com apoio inesperado de vereadores
Além da iniciativa do Executivo de mudar o zoneamento da área, os vereadores Valdevan Noventa e Macário apresentaram quatro emendas para a mudança de outras áreas da cidade. Três foram aprovadas, inclusive a polêmica que altera a Zeis (zona de Interesse Social) do terreno de 80 mil metros quadrados no Jd. Helena, que foi ocupado pelo MTST por três vezes.
A população presente, representando o movimento pró-moradia, questionou e vaiou os vereadores. “O Plano Diretor deve ser votado a cada quatro anos, mas até agora nada. E sem discutir com população eles [vereadores] resolvem mudar tudo, beneficiar empreiteiras. Nunca vi o PT votar contra o povo”, diziam os munícipes referindo-se diretamente ao presidente da Câmara José Macário.
“Não voto em nenhum projeto que tira um metro de Zeis”, opinião dos vereadores Félix e Wagner Eckstein, que juntamente com o vereador Cido foram contrários ao projeto. Depois de três semanas sem votar nenhum requerimento, finalmente os parlamentares aprovaram todos os requerimentos e indicações, inclusive os em precedentes, por unanimidade.
O vereador José Aparecido (Cido) não conseguiu assinaturas para apresentar um requerimento em beneficio à Guarda Civil Municipal (GCM), apenas os vereadores Paulo Félix, Olívio Nóbrega, Tales Franco e o vereador Cido, autor do requerimento assinaram. Entre outros benefícios o requerimento previa diminuição de carga horária de 192 para 160 horas de trabalho.
Uma comissão com representantes da GCM, juntamente com os vereadores vão agendar uma reunião com o prefeito para tratar do assunto.
O terreno no Jd. Helena possui 80 mil metros quadrados e não 8 mil conforme haviamos informado na primeira versão da matéria. O erro foi corrigido no dia 22 de outubro de 2011