Câmara aprova reparcelamento de dívida com a TaboãoPrev
A longa e polêmica sessão desta terça-feira, dia 11, teve dois projetos aprovados pelos vereadores. O executivo enviou para a Casa, o projeto de lei 13/2015, que dispõe sobre o reparcelamento de dívida do município com a TaboãoPrev. Mensalmente a prefeitura deve pagar a autarquia cerca de R$ 200 mil, porém a quantidade de parcelas e o montante da dívida não foram mencionados.
O outro projeto é de autoria da vereadora Joice Silva (PTB), que concede título de Cidadão Taboanense ao apóstolo Josué Pereira dos Santos, da Igreja Apostólica Nova Terra.
De acordo com o vereador Cido (DEM), o governo precisa fazer esse reparcelamento de dívida para receber recursos do governo federal. “Se o prefeito não fizesse esse reparcelamento, poderia ter problemas na questão administrativa. O governo Fernando Fernandes mudou a alíquota e o valor, que hoje é próximo a R$ 200 mil. É pesado para a cidade, mas o prefeito está buscando fazer o que é correto”, afirmou o presidente da Casa.
O vereador Moreira (PT) e a vereadora Luzia (PSB) votaram contra de reparcelamento de dívida. “Como vamos pagar a bagatela de R$ 200 mil reais por mês, qual é a mágica. Tem que ter um milagre para a economia da cidade crescer. Me preocupa porque não estou convencido, nem politicamente, nem tecnicamente. Os números não batem, não fecham. Peço aos pares que mandem esse projeto de volta para que seja reformulado. Não estou convencido que o município consiga pagar, vai dar o calote de novo”, alertou Moreira.
(O vereador Cido, presidente da Casa, só vota nesse tipo de projeto em caso de empate)
O vereador e líder de governo, Eduardo Nóbrega “ironizou” a declaração do petista. “Homem de pouca fé”, disse. Ele defendeu o reparcelamento da dívida e disse que o município precisa se adequar a legislação para não sofrer sanções, como a interrupção de repasses do Governo Federal.
Lune declarou que a oposição não recebeu o projeto com antecedência para analisá-lo. “Nós [oposição] não tivemos acesso a esses projetos […]. Sou um vereador e exijo respeito”, disse. Mas votou a favor. “Quando você subiu aqui vereador [Moreira] estava com um pouco de amargura. Se você voltar contra, a cidade não vai receber verbas do governo federal. Essa dívida todos nós sabemos, foi empréstimo que o Fernando pegou lá atrás e não pagou. E também tem como pagar sim, a cidade está bem. Moreira não se preocupe, dinheiro tem”, ironizou. O projeto foi aprovado por 10 votos a dois.