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Cajec: para quem trata um câncer, um lar em Taboão
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cidade
O falecimento de uma criança e de um jovem vítimas de câncer no início da década de 90 representou para Maria Luiza Cândido Centelles a necessidade de cooperar com a preservação da vida de outros tantos pequenos enfermos, também portadores de câncer. Assim, em 1992, Maria Luiza fundou em Taboão da Serra a Cajec – Casa de Apoio José Eduardo Cavichio –, que levava o mesmo nome do primeiro jovem assistido por ela quando recém voluntária da área de oncologia infantil do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Apesar de pouco estudo e nenhum recurso material, a voluntária, que dispunha de uma motivação especial para confortar os enfermos passou a abrigá-los em sua própria casa. Lá recebeu crianças e jovens de outros Estados, principalmente das regiões norte e nordeste do Brasil, que vinham a São Paulo realizar os tratamentos.
Foto: Eduardo Toledo
Sede da Cajec no Jd. Monte Alegre
Alguns meses mais tarde, constituída a Cajec, a dinâmica da transitoriedade continuou. Funcionando em prédio específico, financiado por investimentos privados, a instituição ampliou sua capacidade de atendimento para até 30 crianças ou jovens acompanhados de um membro da família ou responsável que não dispunham de dinheiro para hospedagem ou vaga em abrigos durante o período clínico do paciente.
A permanência do assistido na instituição é variável, uma vez que o tempo de tratamento depende do estágio em que a doença se encontra. Há enfermos que ficam semanas, outros meses, e alguns anos. Todos, sem exceção, contam com moradia, alimentação, remédios, programas de lazer, educação e transporte até os hospitais quando necessário. Por se tratar de uma entidade filantrópica, nada é cobrado, porém, aqueles que possuem alguma condição financeira, naturalmente contribuem com a Casa.
A despesa da Cajec é alta. Os subsídios recebidos provêem de convênios com órgãos públicos e privados, tal como doações de pessoas físicas e colaboração de voluntários. Em busca da sustentabilidade, a instituição organizou uma oficina de costura, e por meio deste trabalho, começa a levantar fundos próprios.
Um outro órgão criado pela Cajec, este em 2002, e que já é sustentável, é a “Escola Cajec” de educação primária, legalmente reconhecida pelo MEC, que atende além das crianças da instituição, crianças do Parque Monte Alegre e arredores. Não há custo para os enfermos, porém é cobrada uma pequena mensalidade dos pais de alunos da comunidade.
Uma terceira iniciativa que caminha em direção à sustentabilidade é o consultório dentário, de uso especial das pessoas assistidas, mas que também se abre para a comunidade, sendo o valor da consulta abaixo do mercado.
Organizando-se para o futuro, a Cajec busca parceiros tão interessados em sua missão quanto em seus serviços. Clama não apenas por doações, mas principalmente por trabalho para a manutenção de sua própria salubridade.
Como participar: As vagas para estadia na instituição são solicitadas diretamente por assistentes sociais do Estado de origem dos enfermos ou dos hospitais onde fazem tratamento.
Para solicitar vaga na Escola Cajec o interessado deve obter mais informações através dos telefones da instituição.
Como contribuir: A Cajec aceita e retira doações de alimentos, roupas, tecidos e linhas para a oficina de costura, móveis, aparelhos eletro-eletrônicos, brinquedos, material escolar, livros, lixo reciclável, produtos de limpeza e higiene pessoal e contribuições financeiras.
Aceita serviços para a oficina de costura, como a encomenda de uniformes e peças para bordar, por exemplo.
Endereço: Rua Preciosa, 86 – Parque Monte Alegre, Taboão da Serra.
Contatos: Telefones 4701-4194 ou 4787-7149. Site: www.cajec.org.br.