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Caixa fecha as portas e deixa clientes para fora, no Pirajuçara

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Redação

30/10/2009 00:00
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A greve dos bancários da Caixa Econômica Federal só terminou na última quinta-feira, 22, um alívio para quem precisa resolver problemas diretamente nas agências. Mas se já não era nada confortável ir a uma agência bancária, imaginem depois de mais de um mês de greve, filas enormes e muita, muita paciência para suportar horas nas enormes filas.

Na tarde da última segunda-feira, os clientes da Caixa se revoltaram com o tratamento recebido por parte do gerente e funcionários da agência Pirajuçara. Por volta das 16 horas, a polícia foi chamada para, segundo a gerência, tentar paziguar um princípio de tumulto. Foi acionada a GCM e a PM, atitude que revoltou ainda mais quem estava presente, há horas, do lado de fora da agencia aguardando atendimento, debaixo de sol e depois da chuva.

Foto: Arquivo do Portal O Taboanense

Banco que fica na Kizaemon Takeuti causou dor de cabeça para os clientes

“Fomos chamados porque nos disseram que havia um princípio de tumulto, mas não era nada disso, as pessoas realmente estavam descontentes, mas estava tudo tranqüilo. Não se resolve um problema criando outro”, disse o 1º Ten. PM Dias.

“Tinha gente aqui desde as 11 horas, foram embora porque viram a polícia chegar e se assustaram. Podemos não conhecer as leis, mas sabemos dos nossos direitos. Estou aqui desde às 14h30m mais ou menos, só preciso regularizar uma sena e não consigo”, desabafa Vitório dos Santos.

Segundo as pessoas que estavam presentes a confusão começou porque às 16 horas, final do expediente bancário, o gerente avisou que não iria atender mais ninguém que estava na fila e fechou as portas.

“Ele não tem educação, aliás, ninguém nessa agencia tem, aqui ninguém estava tumultuando nada, só queríamos ser atendidos. Porque eles não vieram falar com agente, explicar o que estava acontecendo. Agora chama a polícia e vem um GCM e manda agente calar a boca, porque se o gerente falou ta falado”, diz revolta Rafaela Silva.

Depois de muita conversa Ten. Dias, entrou em um acordo com a gerencia que anotou o nome e R.G. das pessoas que permaneceram no local para serem atendidas. O acordo foi que, amanhã a qualquer hora que chegarem lá, desde que seja respeitado a horário do atendimento, das 10 às 16 horas serão atendidos.

“Tinha pessoas idosas, mães com crianças de colo e mesmo assim eles fizeram pouco caso, chamaram a polícia, não somos marginais, somos pessoas de bem. Não fui trabalhar para resolver isso, esta é a terceira vez que eu venho aqui e não consigo resolver, é só uma senha”, desabafa Rafaela.

Para o Ten. Dias a mal entendido aconteceu por uma falha na comunicação, algumas pessoas receberam senhas e foram atendidas, outras não e permaneceram na fila e ninguém avisou que o atendimento seria suspenso às 16h.

“Deveriam ter avisado agente que estavam distribuindo senhas e que havia acabado, assim ninguém ficava que nem bobo aqui tomando chuva”, reclama Daniel Genival dos Santos, “Não podemos deixar as coisas dessa forma, precisamos reclamar nossos direitos”, conclui

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