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Ativistas soltam chinchilas de criadouro em Itapecerica da Serra

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Redação

23/10/2014 00:00
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Cerca de cem chinchilas foram soltos de um criadouro em Itapecerica da Serra, no último domingo, dia 19. O local foi invadido por um grupo de ativistas que queria salvar os animais, cujas peles seriam usadas para fazer casacos e outros acessórios.

De acordo com o grupo denominado Frente de Libertação Animal (FLA), a maioria dos chinchilas estava sofrendo e até morrendo com o excesso de calor. Segundo relato postado na página do grupo no Facebook, os animais tinham no pescoço uma espécie de coleira chumbada que os “enforcava”.  Ainda segundo o grupo FLA, as denúncias dos maus-tratos dos animais chegaram pela internet.

As cem chinchilas retiradas do criadouro receberam cuidados e passam bem | Divulgação / Anda

Segundo reportagem publicada na Agência de Notícias de Direito dos Animais (Anda),  a empresa Master Chincila é de Carlos Perez, de família argentina e que mantém a mais antiga criação de chinchilas no Brasil com mais de 30 anos de atuação. A estimativa dos ativistas é de que cerca de 50 mil chinchilas já tenham sido exploradas no criadouro. Carlos Perez, de 70 anos, também é presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Chinchila Lanígera (Achila).

As cem chinchilas retiradas do criadouro receberam cuidados e passam bem, segundo a FLA. O grupo não divulgou para onde os animais foram levados.

Proibição
Um Projeto de Lei que proíbe a criação e manutenção de animais exclusivamente para a extração de peles foi aprovado em setembro pela Assembleia Legislativa do Estado, mas ainda depende da sanção do Governador Geraldo Alckmin para virar lei. De acordo com o Governo do Estado, o projeto está sendo analisado pelas secretarias da Casa Civil e Meio Ambiente. O prazo para o governador aprovar ou vetar o projeto é até o próximo dia 28. 

Segundo a Agência de Notícias de Direitos Animais, na área de exportação de peles de chinchila, o Brasil é o segundo no ranking, ficando atrás apenas da Argentina. A atividade no Brasil teria começado pelo próprio Perez, que nasceu na Argentina em meio a uma criação familiar de chinchilas. A maior parte da produção vai para a China.

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