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Apesar de bonitinhos, pombos podem trazer diversas doenças

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Redação

30/03/2010 00:00
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Taboão da Serra não é a única cidade privilegiada, mas andando pelo município é possível ver uma grande quantidade de pombos concentrados nas ruas. É preciso ficar atento às doenças que esses animais podem transmitir, o maior risco está nas fezes. Uma das formas de combater o crescimento dessa população é não alimentá-las como muitos costumam fazer.

Desde 2005 à frente do Centro de Controle de Zoonoses, o médico veterinário, especialista em saúde pública, Clóvis José de Sá vem realizando um trabalho de vigilância e controle ambiental desse tipo de animal. Em entrevista exclusiva ao Portal O Taboanense ele fala sobre o trabalho na Zoonose e da atenção que a população deve ter com os pombos.

Como o CCZ de Taboão da Serra gerencia a questão de controle de populações animais (pragas, domésticos e silvestres) em área urbana?
Quando assumimos em 2005 detectamos que havia uma visão deturpada do que é um serviço de controle de zoonoses. Possuíamos um espaço de 40 metros quadrados e uma rotina de trabalho fracionada em diferentes segmentos com gerenciamento isolado. Visitamos outros centros, trocamos experiências e redefinimos nossa missão pela ótica do Sistema Único de Saúde. “Um Centro de Controle de Zoonoses é uma unidade de saúde pública que realiza Vigilância e Controle Ambiental, pelo manejo e controle das populações animais, visando a profilaxia das zoonoses e doenças transmitidas por vetores, como também dos conseqüentes agravos e incômodos causados a população” (FUNASA).

Foto: Divulgação

O diretor do Centro de Controle de Zoonose, Clóvis José de Sá

Com foco em saúde pública e saneamento ambiental iniciamos proposta de trabalho para combater os fatores predisponentes que permitem a infestação por animal (abrigo, acesso e alimento disponíveis) respaldado por legislação efetiva contra os responsáveis pela situação de desequilíbrio ambiental.

 
Pode-se usar veneno para combater a proliferação dos pombos?

Muitos acham que podem usar veneno para matar os pombos, não pode. Com os pombos, assim como acontece com as pragas urbanas, o foco do combate é a mudança ambiental (abrigo, acesso e alimento), inclusive o IBAMA condena o uso de iscas envenenadas. Geralmente quem tem problemas com pombos possui no local ou próximo alimento disponível e local elevado seguro onde os mesmos fazerem seus ninhos.

O que fazer então?

A ação é direta: eliminar a possibilidade de acesso a alimentos para reduzir a capacidade reprodutiva, pois animais com sobras de alimento produzem mais filhotes. Reformar telhados fechando o acesso aos locais onde podem fazer ninhos é a segunda ação. Para limpeza dos forros as pessoas devem usar máscaras de feltro ou pano de algodão úmido sobre o para evitar inalar microorganismos presentes nas fezes e nos ninhos. Muitas vezes o excesso de material seco dos ninhos pode oferecer riscos de incêndio em contato com fiação antiga. Temos materiais educativos sobre riscos de doenças e orientações de como proceder.

É possível solicitar uma vistoria do CCZ?

As vistorias zoosanitárias podem ser solicitadas nos telefones do CCZ, mas toda a ação corretiva decorrente deve ser efetuada pelo proprietário. Isso ocorre porque geralmente exige reforma de telhado e ou retirada de telhas que demandam custos e devem ser programadas pelo proprietário. Sem abrigo e alimento os pombos, assim como todas as espécies animais, vão embora do local e ficam mais vulneráveis ao controle ecológico por predadores como falcões, corujas e gatos.

Serviço

Centro de Controle de Zoonose
De segunda a sexta-feira
Horário: 8h às 17h
Telefones: 4701-8147 e 4786-3287
Endereço: R. Victor Campisi, 250 – Pq Ind. das Oliveiras/Taboão da Serra
 

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