Anvisa autoriza venda de testes de HIV em farmácias
Na manhã da última sexta-feira, dia 20, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou a comercialização de testes de HIV em farmácias, semelhante aos testes de gravidez, que podem ser realizados em casa e pela própria pessoa. Até o momento existem dois tipos de autoexame: um com um pequeno bastão, para coleta da mucosa da bochecha ou fluidos da gengiva, e outro que é necessário apenas uma gota de sangue. O resultado sai em cerca de 30 minutos.
Esse teste não substitui os exames necessários para a descoberta da AIDS com 100% de certeza. Ele serve como uma triagem de possível contágio pelo vírus HIV. Isso porque estima-se que cerca de 20% da população Brasileira é soropositivo e ainda não foram diagnosticadas.
Mesmo trazendo benefícios, como o diagnostico rápido e simples – feito em casa –, a liberação deste teste gerou polêmica, tendo como ponto de discussão o impacto que causará o resultado do exame caseiro, levando em conta, ainda, que poderá ser um falso-positivo ou um falso-negativo, podendo confundir e causar algum tipo de prejuízo à pessoa, além de algumas pessoas poderem deixar de usar preservativos nas relações sexuais. Outro fator é a questão psicológica da pessoa, ao receber um diagnóstico sem a ajuda de uma equipe médica especializada.
Ainda não há previsão de quando o produto chegará às farmácias brasileiras. O teste de HIV já é comercializado em alguns países, como os EUA, França e Reino Unido. No Brasil os fabricantes do produto deverão atender algumas exigências, tais como número de informações 24h na embalagem para caso de resultado positivo e também que o teste não dá o diagnóstico 100% preciso, pois o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da AIDS e a produção de anticorpos no sangue pode variar em até 30 dias.