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A voz que a censura não cala!
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cidade
Fiz jornalismo para mudar o mundo. Por acreditar que todos nós temos a missão de dar a nossa contribuição, a fim de que possamos desfrutar de dias melhores e mais felizes. Minha visão romântica, entretanto, nunca me impediu de constatar que não é tarefa fácil mudar a realidade. Mesmo assim, esse foi o desejo que motivou a minha escolha profissional.
Ainda na faculdade aprendi a valorizar o sacrifício daqueles que lutaram sem medo para nos garantir a liberdade de expressar nossos pensamentos, convicções e relatar fatos cotidianos, que antes eram submetidos à intransigência da censura.
Não é por acaso que a censura é o principal instrumento de consolidação das ditaduras e a perseguição aos jornalistas o seu mecanismo de materialização. A censura cala, omite, maltrata, acomoda, camufla e mata. Mata o direito à informação, a esperança, a possibilidade de mudança e compromete de maneira desumana o futuro.
É por isso que amo o jornalismo. Me sinto honrada de poder escrever livremente, expressando idéias, defendendo pontos de vista e promovendo o debate salutar. Dando a minha pequena contribuição para um mundo melhor. Me honra imensamente lembrar que muitos profissionais tiveram que sacrificar suas vidas, suas famílias, seus sonhos, para que hoje, neste momento, eu pudesse estar aqui expressando livremente minhas idéias.
O idealismo que moveu as gerações de jornalistas que lutaram bravamente contra a censura, os maus tratos, a tortura física e psicológica e as ameaças as constantes é o mesmo que trago nas veias. É o mesmo que os verdadeiros profissionais também trazem. Esse sentimento é tão grande, tão abrangente, que não importa o tamanho da ameaça ou intimidação. Ele nos faz prosseguir ainda mais fortes, sempre que tentam calar a nossa voz.
Temos consciência de que a nossa responsabilidade, em especial com as gerações futuras é imensa. Por isso, quem tenta calar a nossa voz tem que estar disposto a lutar contra algo invisível, sem medo, sem tamanho e com o incrível poder de crescer dia-a-dia: a determinação de fazer jornalismo com ética e responsabilidade.
Essas palavras que saem do meu coração e da minha alma são resultado do compromisso que firmei há muitos anos, quando ainda era adolescente e queria mudar o mundo. Hoje, a maturidade me trouxe a compreensão de quem nem sempre é possível mudar os outros. Porém, é fundamental, não abandonar os nossos princípios.
Amo a minha profissão de tal maneira que não posso aceitar os ataques freqüentes feitos a minha honra por uma senhora que representa uma associação de bairro. Essa senhora já tentou pautar e censurar a coluna Bastidores da Câmara, que nasceu dentro do ideal de informar com qualidade.
Pouco satisfeita, me fez ofensas na saída de uma das sessões, e posteriormente, chegou a publicar no portal de sua entidade que eu chamei de baderneiros moradores de um bairro da cidade. Tantas mentiras, ofensas e tentativas de repressão reascenderam meu compromisso pessoal de lutar contra qualquer forma de censura, de fazer ressurgir a intimidação, de tentar plantar mentiras até que elas se tornem verdade.
Essas práticas nefastas precisam ser sepultadas para sempre da sociedade. Mesmo quando surgem disfarçadas sob o manto da representação popular. Por isso, reafirmo que repudio toda e qualquer tentativa de calar a minha voz. Toda tentativa de censura, essa praga vergonhosa que já matou pessoas, dizimou sonhos e por pouco não acabou com uma geração inteira. Não vou aceitar nenhuma tentativa de calar a minha voz, de cercear o meu direito de informar, ou qualquer tentativa de denegrir a coluna criada com o singelo ideal de informar para mudar o mundo.