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41% das ligações para o Samu de Taboão da Serra são trotes

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Redação

16/03/2009 00:00
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Uma estatística que envergonha: 41% de todas as ligações feitas para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Taboão da Serra são trotes feitos por moradores da cidade. Os números divulgados pela secretaria de saúde na última semana são referentes ao ano passado. O secretário José Alberto já iniciou uma série de ações para tentar reduzir esses números. “Desde fevereiro deste ano estamos gravando todas as ligações”, alerta.
 
O problema não é privilégio exclusivo de Taboão da Serra. Outras cidades registram números parecidos e até piores. Em junho do ano passado, o Samu de Fortaleza registrava 50% de trotes nas ligações. Em Três Lagoas, no Mato Grosso, o número de trotes passa de 800 por mês.

Foto: Divulgação | Prefeitura de Taboão da Serra

Falsas ocorrências atrapalham o atendimento do Samu na cidade

 
Além de gerar um custo desnecessário para os cofres públicos, os trotes também atrapalham a eficiência do Samu, que em Taboão da Serra demora cerca de oito minutos para atender uma ocorrência. “Sem dúvida atrapalha muito o serviço, porque, além do custo de deslocamento, ficamos com aquela ambulância presa em uma falsa ocorrência”, afirma o secretário José Alberto.
 
De acordo com José Alberto, na maioria das vezes o atendente do Samu consegue detectar que a ligação é um trote. “Algumas vezes a ambulância chega a sair par atender a falsa ocorrência”, afirma. Quem faz esse tipo de brincadeira de mau gosto pode até mesmo ir preso, já eu comunicar falsa ocorrência é crime previsto no código penal.
 
Em 2008 o Samu recebeu 19.613 ligações, dessas, 8.145 eram trotes. “Realmente o número é muito alto, estamos tomando uma série de medidas para coibir os trotes”, diz o secretário.
 
Uma das ações para tentar diminuir os números de ligações falsas já está em prática desde o mês passado. “Nós começamos a gravar as ligações que são feitas para o Samu e o atendente informa sobre a gravação. Só com essa medida o número de trotes caiu bastante, porque a pessoa desliga na hora com medo de ser identificada”, diz.
 
As gravações começaram a ser feitas em fevereiro, mas ainda não existe uma estatística real sobre a queda no número de trotes. “Estamos tomando diversas medidas para diminuir esse problema, mas o que a gente precisa mesmo é conscientizar a população. O Samu salva muitas vidas, não se pode brincar com isso”, lembra.
 
Outra medida que foi pela Secretaria de Saúde é solicitar para a Telefônica a lista com os números de todos os telefones públicos, com endereço, para que a atendente já possa intimidar quem passa trote dizendo onde a pessoa está. Caso a pessoa persista no trote, a GCM pode ser deslocada para o local para prender quem faz a falsa comunicação.

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