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OHL rejeita proposta de transformar Régis Bittencourt em “grande avenida”
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Um acordo entre a OHL, concessionária que administra a rodovia Régis Bittencourt e a prefeitura de Taboão da Serra, que pretende transformar a estrada em uma grande avenida parece estar cada vez mais distante. Enquanto os técnicos do município sonham com pelo menos mais três cruzamentos em nível e um viaduto ao longo dos seis quilômetros da rodovia que cortam a cidade, os representantes da OHL não cogitam nenhuma das propostas como “possível”.
Segundo o engenheiro Dário, da OHL, criar novos cruzamentos em nível, como existe no centro de Taboão da Serra, com semáforos, “é uma alternativa inviável”. De acordo com o representante da concessionária a “ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) jamais aprovaria a urbanização da rodovia”.
Foto: Eduardo Toledo
O superintendente da OHL, Ênio Pelasi: "Régis Bittencourt deve ser tratada como rodovia"
Taboão da Serra é uma das poucas cidades no país que tem seu trecho urbano dividido de ponta a ponta por uma rodovia. Essa situação atípica não foi prevista no plano de privatização da Régis Bittencourt que aconteceu no ano passado. Todas as exigências do governo federal foram em relação a estrada de rodagem.
“Em Taboão da Serra tem que existir a conciliação entre tráfego urbano e tráfego rodoviário, nossa cidade cresceu muito e hoje existem poucas opções para se cruzar de um lado para outro da rodovia”, lembra Claudinei Pereira, secretário de trânsito e transporte, que organizou o encontro. “Nós queremos que seja uma avenida de inclusão e não uma rodovia de exclusão”, disse.
O traçado original da rodovia Régis Bittencourt previa que fosse construída uma marginal para o trânsito local até Itapecerica da Serra. “Hoje sabemos que isso é impossível, as cidades cresceram e seria preciso desapropriar todas as construções que estão nas margens da estrada”, afirma Ênio Pelasi, diretor superintendente da OHL.
Há cerca de 20 dias, as prefeituras de Taboão da Serra e Embu protocolaram um plano alternativo solicitando diversas melhorias na rodovia. Entre os pedidos, passarelas para pedestres, um viaduto na altura do Rancho da Costela, na Vila Indiana, três cruzamento em nível, além da manutenção dos canteiros na região central e a troca de lâmpadas.
Para a vice-prefeita Márcia, que participou da reunião, é preciso olhar a Régis Bittencourt como uma “grande avenida”. “Precisamos garantir a travessia de um lado para outro dos nossos cidadãos, do que jeito que está é quase impossível”, garante. Mas os engenheiros da OHL pensam diferente. “Novos cruzamentos atrapalhariam o funcionamento da rodovia.”, disse Dário.
Enchentes
Moradores que participaram da reunião questionaram os representantes da concessionária sobre os pontos de alagamento da rodovia. Em dias de chuva, pelo menos três pontos (em frente a Seccional, próximo ao Shopping e na frente da Viddy) apresentam alagamentos que param todo o fluxo de veículos.
De acordo com o superintendente Ênio Pelasi, a concessionária está trabalhando para acabar com esses pontos de alagamento. A saída, segundo os engenheiros, seria a elevação da rodovia nos locais críticos. “Temos que pensar que não é a estrada que inunda, na verdade a estrada é inundada, por isso a solução não passa apenas nas obras na rodovia, mas em todo o entorno”.
A rodovia Régis Bittencourt tem 408 quilômetros de extensão e liga São Paulo ao sul do país. O trecho que corta Taboão da Serra é pouco maior do que seis quilômetros, vai do km 269,9, na entrada da cidade, até a divisa com Embu, no km 275,5.