OHL deve vistoriar Alça da Régis ainda este mês
Nely Rossany, da Gazeta SP
As obras de sinalização da alça de acesso do Rodoanel na altura do km 279 da Régis Bittencourt, de acordo com a Dersa, devem terminar ainda este mês e para a pista ser liberada é preciso ainda que a Concessionária Autopista e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vistoriem e aprovem as obras realizadas pela Dersa.
De acordo com a Dersa, nesta semana serão concluídos os serviços de inserção da nova sinalização de solo e para a pista ser liberada só falta a colocação das placas. A Autopista informou que a sinalização vertical (placas) só será implantada na véspera da liberação do trecho para o tráfego e que deve realizar ainda este mês vistoria no local das obras antes da liberação do trecho.
Foto: Thiago Neme | Gazeta SP
Concessionária afirma que foram necessárias adequações na sinalização e Dersa nega falhas no projeto
Mesmo pronto desde julho de 2010, o acesso do Rodoanel que desemboca próximo a entrada principal para Embu das Artes continua fechado. Chegou a ser cogitado que o motivo seria por uma falha no projeto, mas a Dersa nega. Depois de análise da ANTT e da Autopista, foi preciso uma série de alterações no projeto de sinalização da via que será proibida para caminhões.
Em entrevista a Gazeta SP, em setembro, o secretário de Desenvolvimento Urbano de Embu das Artes, Geraldo Juncal Jr apontou a liberação da alça como uma das soluções para os constantes congestionamentos na entrada da cidade. Segundo Juncal, os veículos que vem do Rodoanel e querem fazer o retorno, utilizam a entrada de Embu e se a alça de acesso na altura do km 279 já estivesse liberada, isso não aconteceria. “Quem vem do Rodoanel, principalmente os veículos leves, só poderia fazer o retorno depois, porque estaria descendo pela alça, na pista da esquerda. Enquanto a alça não funciona, muita gente opta por fazer o retorno ali mesmo porque é mais próximo”, explicou.
Histórico de falhas
Não é a primeira vez que são apontadas falhas em obras do Rodoanel no Trecho Sul. Em setembro de 2009, há menos de dois quilômetros de onde hoje é a alça de acesso de Embu, duas vigas de 83 toneladas e 30 metros de comprimentos cada uma caíram sobre três veículos deixando três pessoas feridas. Na época do acidente, o então governador José Serra admitiu que houve falhas.
Segundo relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) de 2009, com o objetivo de baratear custos, o consórcio formado pelas empreiteiras OAS, Mendes Júnior e Carioca usou vigas pré-moldadas não previstas para os novos viadutos. No projeto básico, eram fundações de concreto conhecidas como tubulões, mais caras. A troca foi uma das 79 irregularidades classificadas como "graves" pelo TCU. As auditorias foram realizadas em 2007 e 2008, nos cinco lotes da obra.
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