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MTST quer conjunto habitacional com 1.300 unidades em terreno invadido

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Redação

14/04/2010 00:00
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Uma das perguntas mais freqüentes nesta última terça-feira, dia 13, foi o que realmente quer o MTST com esse tipo protesto e com a ocupação do terreno. Um dos líderes do movimento, Guilherme Boulos, disse em entrevista exclusiva ao Portal O Taboanense que o protesto seria pacífico e a marcha até a Câmara, uma forma de pedir apoio a causa.

 “Queremos o apoio dos vereadores nessa nossa luta. Não quer construir uma favela no local, mas sim uma comunidade, um conjunto habitacional que servia de modelo para outras ocupações”, garantiu. O MTST ocupa há quase 20 dias um terreno de 85 mil metros quadrados no Jd. Helena.

Foto: Eduardo Toledo

Guilherme Boulos, um dos líderes do MTST: conjunto habitacional para 1.300 famílias

O terreno particular pertence ao empresário Paulo Colombo. No ano passado, o prefeito Evilásio Farias decretou a área como sendo de interesse social. Segundo o movimento, até agora não houve nenhuma manifestação jurídica do proprietário para a saída do MTST do local ocupado.

Enquanto as famílias permanecem no local, a liderança do movimento busca negociações com a Caixa Econômica Federal e com a CDHU. Segundo Boulos, existe uma negociação avançada em relação ao projeto Minha Casa Minha Vida. “No Estado de São Paulo existe uma complementação de 20 mil reais, além dos 52 mil que são financiados pela Caixa. Com esse dinheiro abre a possibilidade para a construção das moradias e também a compra do terreno”, comemora.

O MTST acredita na área seja possível a construção de até 1.300 unidades habitacionais. “As negociações estão bem adiantadas, havendo vontade política, podemos implantar um projeto modelo em Taboão da Serra”, diz Boulos. Em relação a uma possível desocupação do terreno, o líder do movimento é enfático: “as famílias que estão na ocupação estavam em casas de família, ou foram despejados, essa gente não tem como sair daqui, não têm para onde ir”.

Outra reivindicação do movimento que ficou clara durante a reunião com os vereadores, é que o MTST quer que as famílias cadastradas no movimento sejam atendidas em sua totalidade nos projetos habitacionais desenvolvidos pela prefeitura e em novos programas, como o Minha Casa Minha Vida. Hoje existe uma demanda de pelo menos 8 mil casas na cidade e diversas famílias já estão cadastradas na prefeitura.

Essa é a segunda vez que o MTST ocupa a área. Em 2005 o movimento ficou no local por cerca de oito meses, até que a justiça ordenasse a reintegração de posse para o proprietário.

 

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