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MTST protesta na Câmara e pede apoio de vereadores

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Redação

14/04/2010 00:00
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Nesta terça-feira, dia 13, integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) foram à Câmara de Taboão da Serra reivindicar garantias e apoio dos Vereadores na construção de casas populares na ocupação Che Guevara, antiga Chico Mendes. Antes do início da sessão, os manifestantes cantaram e gritaram palavras de ordem. Parte da avenida Dr. José Maciel chegou a ficar fechada por causa da manifestação.

Apesar de serem pegos de surpresa, os vereadores acabaram apoiando o movimento, alguns deles chegaram a subir na tribuna e fizeram discursos em prol do MTST. “Essa Casa de Leis sempre se colocou ao lado dos movimentos populares. Nós somos indistintamente solidários ao MTST aquela área que até ontem era ocupada por ratos e cobras, tem que ser ocupada por trabalhadores”, disse Paulo Félix.

Foto: Eduardo Toledo | Divulgação

Manifestantes em frente a Câmara Municipal: protesto e cantoria

Félix, como líder do governo, foi encarregado de comunicar aos integrantes do movimento, que na próxima segunda-feira, 19, o prefeito Evilásio irá recebê-los em seu gabinete. Os manifestantes não ficaram muito satisfeitos, alegram que reunião deveria ser maçada já para está quarta-feira (dia 14). Em solidariedade ao movimento, os vereadores aceitaram receber uma pequena comissão durante o intervalo regimental.

Nessa rápida reunião os integrantes reivindicaram que os vereadores assinassem uma monção de apoio ao movimento e que não sairiam de lá sem o requerimento. Os manifestantes ameaçaram acampar dentro do prédio da Câmara Municipal caso o requerimento não fosse votado durante a sessão.

“Nós queremos que essa moção saia hoje. A nossa posição é de permanecermos aqui até que essa moção saia”, falou Zezito, um dos membros da comissão, que ainda era composta por Arenilson, Gilivania, Vanessa, Matias, Eliane, Conceição e Jairo. De acordo com o presidente da Casa, vereador Elói, os requerimentos só podem ser votados na primeira parte da sessão, ou seja, das 18 às 20h, na segunda parte são votados apenas os projetos que fazem parte da ordem do dia e que são definidos com pelo menos 24 horas de antecedência.

Para o vereador Paulo Félix, “mesmo sem a moção nos mostramos favoráveis ao movimento de vocês”, esclareceu. O presidente da Casa também tentou acalmar os ânimos. “Estamos abertos ao diálogo, o confronto é a última alternativa. Nós reconhecemos o movimento de vocês, ele é legítimo e justo. Na segunda-feira o Prefeito irá recebê-los, isso já é uma demonstração de que estamos todos do lado de vocês”, concluiu.

Foto: Eduardo Toledo | Divulgação

Comissão de manifestantes entrega documento para o presidente da Casa, vereador Elói

A comissão saiu da reunião e comunicou aos 300 manifestantes que lotavam o plenário da Câmara. Em uma votação rápida, a grande maioria optou por deixar o prédio e voltar a pé para o acampamento na ocupação do terreno do Jd. Helena.

Segundo Cristiane Borancelli, coordenadora da ocupação Che Guevara, eles já tem o apoio da Caixa Econômica Federal para a construção das moradias. “Viemos reivindicar a demanda do MST e o apoio dos vereadores no Che Guevara, antigo Chico Mendes. Já temos o apoio da caixa Econômica para a construção,” diz Cristiane.

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