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MTST bloqueia Régis Bittencourt em Taboão contra prisão de Suplicy

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Redação

25/07/2016 00:00
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O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto bloqueou a pista sentido São Paulo, na altura do Jd. Saint Moritz, em Taboão da Serra, em protesto contra a prisão do senador Eduardo Suplicy na manhã desta segunda-feira, dia 25, reintegração de posse, a situação na ocupação Terra Pelada, zona oeste da cidade de São Paulo.

Cerca de 40 manifestantes invadiram a pista da rodovia por volta das 15h40 e jogaram dezenas de pneus e gasolina, ateando fogo logo em seguida. O trânsito ficou completamente travado e o congestionamento chegou até Embu das Artes. O protesto durou cerca de 30 minutos, a Autopista, concessionária que administra a rodovia, chegou rápido no local e apagou o fogo.

Pista da rodovia Régis Bittencourt bloqueada durante manifestação do MTST em Taboão da Serra | Reprodução / MTST

O tráfego foi liberado por volta das 16h20, sem conflitos entre os manifestantes e a Polícia Rodoviária Federal, a PM e a GCM que oram até o local. Às 16h30 o trânsito já fluía normalmente, apesar do número grande de veículos que passava pelo local em velocidade mais baixa.

Em seu perfil no Facebook, o MTST escreveu que a manifestação foi um "ato de solidariedade" com Suplicy e os moradores que foram despejados pela PM. "Em resposta e solidariedade a prisão arbitrária do senador Eduardo Suplicy e a reintegração de posse violenta promovida pela PM contra os moradores das 450 famílias do Jd. Arpoador, Sem-teto travam BR 116, em Taboão da Serra, travam vários pontos de grande circulação da Grande São Paulo".

Despejo

Os moradores da área começaram os protestos contra a ordem judicial no início da madrugada de hoje. Logo cedo eles montaram barricadas e atearam fogo a pneus.

Quando a Polícia Militar começou a cumprir a ordem de despejo, os manifestantes soltaram rojões a jogaram pedras contra a Tropa de Choque, que revidou com bombas de efeito moral. De acordo com a PM, por volta das 9h, houve também troca de tiros e um policial foi atingido no colete de proteção, sem sofrer ferimentos.
O ex-senador Eduardo Suplicy, que apoiou as famílias que se manifestavam contra a ordem de despejo, foi preso e conduzido pela polícia ao 75º Distrito Policial, onde presta depoimento.

Segundo a decisão da Justiça, emitida pela 9ª Câmara de Direito Público, o local apresenta alto risco de deslizamento, por ser região de encostas. Parecer da Defesa Civil avalia que as construções precárias na área aumentam os riscos de desabamentos e até mesmo de incêndio. “Há ainda muito lixo e entulho no local, bem como árvores queimadas e visível dano ambiental”, diz a avaliação.

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A prefeitura confirmou que a área ocupada é municipal e apresenta elevado risco elevado de desabamento, “o que inviabiliza construção de moradia popular”, diz a nota. “A Defesa Civil do município estudou a possibilidade de retirar apenas parte dos barracos, mas concluiu que isso colocaria os demais barracos em risco, por causa da fragilidade estrutural do conjunto. A reintegração de posse é uma determinação judicial e os moradores foram avisados previamente sobre a desocupação”.

Segundo a prefeitura, 211 famílias residem no local e estão cadastradas no programa habitacional do município. A prefeitura informou ainda que uma equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social foi ao local da reintegração para encaminhar as pessoas que tenham interesse à rede socioassistencial do município.

"As famílias interessadas nos serviços, como a inclusão no Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal e encaminhamentos para Centros de Acolhida, também podem procurar espontaneamente o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Butantã na Avenida Junta Mizumoto, 591”, diz nota da prefeitura.

Com informações da Agência Brasil

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