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Moraes Moreira morre aos 72 anos no Rio

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Redação

13/04/2020 11:48
Sidney Rocharte/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
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Da Gazeta de S. Paulo

Um dos principais compositores dos Novos Baianos e dono de uma carreira solo de prestígio, Moraes Moreira morreu na manhã desta segunda-feira na sua casa, no Rio de Janeiro, enquanto dormia. O artista tinha 72 anos.

A causa da morte foi infarto agudo do miocárdio. As informações do velório não serão divulgadas, devido à pandemia do novo coronavírus.

Centenas de personalidades lamentaram a morte do artista. Em um texto emocionado, Daniela Mercury chamou o amigo de “poeta do carnaval”.

CARREIRA

Nascido em Ituaçu, no interior da Bahia, em 8 de julho de 1947, Antônio Carlos Moraes Pires iniciou o contato com a música tocando sanfona de doze baixos nas festas de São João da cidade. Já adolescente, e morando em Salvador, se apaixonou pelo rock.

Em 1968 formou os Novos Baianos ao lado de Luiz Galvão, Paulinho Boca de Cantor, Pepeu Gomes e a niteroiense Baby do Brasil, a única não baiana do grupo.

A banda fez uma revolução na música brasileira, com uma mistura harmoniosa inédita de rock, baião, forró, frevo, afoxé, choro e outros ritmos internacionais e brasileiros. Era como se terminassem o trabalho iniciado pelos tropicalistas anos antes, encerrado pelo Ato Institucional Número 5 (AI-5). A grande inspiração dos músicos, porém, era João Gilberto.

Da cabeça dos jovens baianos nasceu Acabou Chorare, considerado o melhor LP da história do Brasil pela revista “Rolling Stones”.

Com o fim do grupo, Moraes se lançou em carreira solo em 1975. Marcou-se por ser considerado o primeiro cantor de trio elétrico, ao assumir os microfones do Trio de Dodô e Osmar, em

Salvador.

Nas décadas seguintes renovou seu público ao ter músicas incluídas em novelas da “TV Globo”, além de lançar um disco acústico pela antiga “MTV”. Juntou-se ainda duas vezes com os Novos Baianos, em 1997 e 2015, para relembrar os sucessos do grupo histórico.

Antes de morrer o artista baiano estava preparando um disco de inéditas. Não deu tempo.

(Bruno Hoffmann)

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