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Manifestação contra aumento da tarifa de ônibus reúne jovens no Centro

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Redação

07/01/2012 00:00
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Cerca de 60 pessoas, na maioria estudantes, compareceram nessa sexta-feira, dia 6, na Praça Nicola Vivilechio, no centro de Taboão da Serra, para protestar contra o aumento da passagem dos ônibus circulares, que passou de R$ 2,75 para R$ 3, no primeiro dia no ano, após o prefeito Evilásio Farias assinar um decreto que pegou todos de surpresa.

 Veja mais fotos da manifestação dos estudantes

Nem a chuva atrapalhou o movimento dessa sexta-feira que terá seu segundo ato no sábado, dia 7, às 16h na Praça Luiz Gonzaga. Os movimentos nasceram da indignação de moradores, que publicaram suas revoltas com o aumento da passagem na rede social Facebook. “Não imaginei que minha indignação fosse dar tanta repercussão e se transformar em um protesto. Mas vamos continuar pacificamente, porque esse aumento é uma falta de respeito com a população”, disse Léo, organizador do protesto desta sexta-feira.

Foto: Rodrigo Martins

Manifestação pacífica não paralisou o trânsito na região central

Com cartazes, apitos, nariz de palhaço e gritos de guerra, os manifestantes seguiram para a Rodovia Régis Bittencourt. Quando o semáforo os fechava as duas faixas da BR 116 eram ocupadas pelos manifestantes que com gritos de guerra chamavam a atenção da população que passava pelo local a pé, de carro ou nos ônibus. Vários motoristas buzinavam ao passar pelos manifestantes em sinal de apoio ao manifesto.

“Temos um péssimo transporte público, não tem cobrador, ônibus sucateados. Esse foi mais um presente do nosso querido prefeito Evilásio para a população taboanense”, disse Paulo Freitas.

“Os ônibus estão sempre lotados, demoram, no final de semana isso piora, eles diminuem a frota e a demora é bem maior. Mas o maior absurdo é não ter cobrador, o próprio motorista tem que cobrar e dirigir, o que atrasa as viagens além do perigo”, falou Rafael, aposentado, “Sei que não pago mais passagem, mas sou solidário ao movimento”, completou.

Aos 56 anos, Maria Izilda, aposentada, se juntou ao grupo para reivindicar contra o aumento e ao mesmo tempo soltar o grito pela insatisfação de ter tido sua carteirinha de ônibus suspensa. “Sou aposentada por invalidez, estou nesse movimento porque acho um abuso esse aumento que o prefeito deu. Também quero falar que vou protestar porque eles tiraram minha carteirinha, disseram que não tenho direito e não renovaram, Estou aqui para ajudar o povo”, contou.

O Movimento Estudantil também compareceu ao protesto e falou da força da juventude e que o protesto não vai parar até a passagem abaixar. “Estamos aqui e não é de brincadeira, nosso movimento é sério, dizem que jovem não se interessa por nada, mas isso não é verdade, temos objetivos sim, e vamos lutar até que abaixem essa passagem”, discursou Eloi, representante dos estudantes.

Mas o movimento teve dificuldades logo no início, a Guarda Civil Municipal não permitiu que os manifestantes utilizassem a energia elétrica da praça para ligar o carro de som. “Não temos autorização para liberar o uso da energia”, disseram os guardas.

“Eu até entendo, mas nós nunca pedimos autorização para utilizar carro de som. Desconheço essa burocracia. Já fizemos vários manifestos e nunca tivemos problema, mas hoje não temos tempo para discutir. Acho que é uma ordem do prefeito para impedir o ato, mas vamos improvisar”, disse.

Alguns manifestantes também relataram que sofreram repressão da GCM. “Eles tentaram nos intimidar, mas sabemos dos nossos direitos, ninguém vai parar o movimento”, disseram.

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