Liminar suspende julgamento de acusados de fraude

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Uma liminar impetrada na semana passada no Tribunal de Justiça de São Paulo pela defesa do ex-secretário de administração, Luis Antônio de Lima, suspendeu o julgamento dos 26 acusados pela operação Cleptocracia. O anúncio foi feito às 10h44 pelo juiz substituto Cláudio Campos da Silva.

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Após suspender a audiência, o juiz comunicou que não irá marcar uma nova data para o julgamento. “Temos que aguardar que o Habeas Corpus seja julgado [pelo Tribunal de Justiça], que deve demorar mais ou menos 60 dias, só depois que iremos marcar as novas audiências”, disse Cláudio Campos da Silva.

Foto: Eduardo Toledo



A pedido do Juíz, o prédio do Fórum foi isolado pela Polícia Militar

O juiz que recém assumiu o cargo no lugar da juíza Flávia Olivério Castellar, que foi promovida, disse que possivelmente outro magistrado que irá julgar o processo, uma vez que ele é juiz substituto e poderá ser transferido até as novas datas que serão marcadas.

Diversos réus, principalmente os vereadores, reclamaram do adiamento do julgamento. “Para mim é péssimo, horrível essa demora. Quero provar minha inocência, mostrar que tudo foi uma armação política contra mim, mas as coisas estão protelando e isso é muito ruim”, afirmou o vereador José Luiz Elói.

Alguns advogados de defesa iriam apresentar um pedido para que o julgamento fosse adiado por uma suposta falta de documentos nos autos. Essa linha de defesa acabou não sendo necessária.

A segurança ao redor do Fórum foi redobrada. Além de Policiais Militares e da GCM, o prédio onde aconteceria o julgamento foi isolado a pedido do juiz. Alguns advogados reclamaram que por causa da Zona Azul não tinham onde estacionar. “Tomei essa medida para garantir a segurança de todos aqui, inclusive do Sr.”, disse o juiz ao advogado.

Ausências

Antes da chegada do juiz ao plenário do fórum, corria entre os advogados que o julgamento seria suspenso por causa da liminar impetrada no Tribunal de Justiça. Mas o que chamou a atenção de todos foi a ausência do ex-secretário Luis Antônio de Lima. Todos os outros réus estavam presentes. 

Caso o julgamento acontecesse, uma das testemunhas que seriam ouvidas nesta segunda-feira, dia 23, seria o investigador-chefe Ivan Jerônimo, que está doente e apresentou um atestado médico. 

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