Justiça de Taboão da Serra nega pedido para suspensão de CPI
Veja tudo o que já foi publicado sobre o escândalo que fraudou a dívida ativa
Depieri pediu a suspensão da CPI por dois motivos, primeiro por não ter, segundo ele, fato determinado e pela composição da comissão não respeitar a proporcionalidade dos partidos dentro da Câmara Municipal. Em entrevista ao Portal O Taboanense, Depieri disse que o PSB, seu partido, não está representado na CPI mesmo sendo a maior bancada do Legislativo.
Foto: Divulgação | Arquivo
Dr. Alexandre Depieri pediu a suspensão da CPI
Na sexta-feira, a justiça indeferiu o pedido do vereador Depieri. Na sentença a juíza diz que “a substituição do impetrante [Alexandre Depieri], vereador eleito pelo Partido Socilista Brasileiro – PSB, pelo vereador Paulo Félix, do PSDB, não se afigura ilícita, pois a pluralidade de siglas, ao que parece, prosseguiu sendo respeitada, não havendo outro representante do PSDB já indicado para compor a CEI”.
Em relação ao pedido feito para suspender a comissão por falta de “fato determinado”, a juíza sentenciou que “No tocante ao fato que ensejou a instauração da CEI, o próprio impetrante noticia que a convocação ocorreu após a prisão provisória de três vereadores e cinco ex-funcionários da Prefeitura Municipal de Taboão da Serra, fato, aliás, amplamente divulgado pela mídia. Ademais, houve deliberada vontade dos vereadores, inclusive do impetrante, de instaurar a CEI para apuração das denúncias (fls. 25). Inclusive, a propositura foi aprovada por unanimidade de votos dos presentes”.
A juíza ainda diz que “Os fatos noticiados pela imprensa são graves e justificam a instauração da CEI para apuração de irregularidades, caracterizando, neste momento, fato determinado. Certo que o decreto Legislativo impugnado pelo impetrante dispõe sobre “eventuais crimes”. Todavia isso não descaracteriza o fato determinado, já que a CEI se destina justamente a apurar a ocorrência desses crimes, sem prejuízo da atuação da Polícia Judiciária e do Ministério Público”.
Mudanças
Após o início das investigações da Câmara Municipal sobre as eventuais fraudes na dívida ativa da prefeitura, o vereador Olívio Nóbrega pede mudanças no sistema de arrecadação do município.
Segundo Olívio Nóbrega, a Câmara irá propor para o prefeito Evilásio Farias que acabe com o recolhimento na tesouraria da prefeitura. “É um sistema que não cabe mais, possibilita muitas fraudes. Todo pagamento deve ser feito na rede bancária, isso é uma medida que deve ser tomada imediatamente”, afirmou.