Posto da Polícia Rodoviária, em Itapecerica, é atacada. Três bandidos foram mortos

O posto da Polícia Rodoviária Federal de Itapecerica da Serra também foi alvo de ataque de criminosos na noite de sábado para domingo. A ação aconteceu por volta de uma e meia da madrugada, quando um carro parou em frente ao posto rodoviário e efetuou vários disparos. Uma bala estourou o vidro principal e os três policiais que estavam no local se protegeram atrás dos móveis.
Segundo o policial rodoviário Silva, uma viatura da Polícia Militar que percebeu a alta velocidade do carro, que vinha em direção ao interior de Estado, apareceu e perseguiu os suspeitos. Na altura do quilometro 290, ainda em Itapecerica da Serra, o carro foi interceptado e houve tiroteio. Os três ocupantes do carro de marca Mercedes Bens – Classe A, foram atingidos, eles foram socorridos no Pronto Socorro da cidade, mas não conseguiram resistir aos ferimentos e morreram. Ainda segundo o policial, o carro havia sido roubado na noite de sábado.
Esta ação está incluída em uma série de ataques atribuídas ao PCC – Primeiro Comando da Capital. Segundo informações da Secretária de Segurança Pública do Estado, já foram mais de 70 atentados em todo o Estado de sexta-feira (12) até domingo (14) e já matou 35 pessoas [entre policiais, guardas, agentes penitenciários e suspeitos], ainda há muitos feridos.
O movimento, a maior ação contra as forças de segurança já ocorrida no Estado começou na noite de sexta-feira, como uma resposta do PCC à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção.
A onda de violência se estendeu a penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória). No sábado, foram registradas 24 rebeliões simultâneas. No domingo, os presos ainda mantiveram reféns em ao menos 16 unidades do Estado, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária.
Ataques
Os ataques começaram após uma megaoperação do governo paulista que transferiu 765 presos que integram o PCC na recém-reformada penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), na quinta-feira (11), com a intenção de isolá-los.
Na sexta (12), oito homens apontados como líderes do PCC foram levados para o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), na zona norte de São Paulo. Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola.
Marcola foi transferido, na manhã de sábado, para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.
Também no sábado, o governador Cláudio Lembo (PFL) disse que o governo sabia, na quarta (10), que as transferências trariam “conseqüências”. “Pensamos em todas as possibilidades e também nos riscos que nós poderíamos correr. Mas era preciso combater o que estava ocorrendo e acontecendo”.
“Nós não estamos com bravatas nem com timidez. Estamos com a segurança de quem cumpre a lei e o Estado de Direito”, disse o governador.
O comandante-geral da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, afirmou que a corporação estava em alerta, com equipes de prontidão, para possíveis reações. “Acreditamos que o número de mortes, inclusive, foi bem menor se não tivesse esse tipo de alerta”, disse.
Em entrevista que contou com a cúpula da Segurança no Estado, o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, descartou uma possível falha do governo na estratégia de isolar a liderança do PCC.
“Acho que a medida que o governo tomou era necessária, ainda que tenha ocorrido esta resposta, porque o governo tem que agir tem que cumprir a lei e ser firme em suas ações”.
› O texto segue as regras ortográficas da língua portuguesa vigentes na época da sua publicação
TAGS
Notícias relacionadas

Prefeitura de Itapecerica da Serra anuncia programa de anistia de multas em dívidas municipais; veja como participar
16/04/2025

Unidades do Poupatempo de Taboão da Serra e região estarão fechadas dias 18 e 21
16/04/2025