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Instituto de Criminalística e ANP investigam causas do incêndio na Oldflex

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Redação

01/08/2011 00:00
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O Instituto de Criminalística e fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) investigam o que provocou o incêndio na indústria de produtos químicos Oldflex. Após cinco horas e meia de trabalho, os bombeiros conseguiram controlar na madrugada deste sábado dia 30, o incêndio que atingiu uma indústria química na divisa entre Taboão da Serra e Embu das Artes. De acordo com o major do Corpo de Bombeiros, Eduardo Nocetti, o incêndio foi totalmente controlado por volta da 1h15 da madrugada.

Foto: Maick Reis

Para o fogo não se alastrar e atingir as residências próximas ao local o Corpo de Bombeiros jogou uma espuma que funciona como um selador, para apagar as chamas. Também resfriaram os sete contêineres que estavam intactos, seis deles queimaram.

“Foram cinco horas e meia de trabalho para chegar ao final da operação. Fizemos o fechamento de algumas válvulas, seis tanques foram danificados, sete conseguimos preservar. Fizemos o resfriamento desses tanques para evitar que se queimassem”, explica Nicetti.

Foto: Maick Reis

Os Bombeiros passaram a noite resfriando os tanques e eliminado possíveis alguns focos de incêndio. “Durante  madrugada aparecem pelo menos três focos de incêndio, mas foi eliminado pelos Bombeiros”, informou Carlos Senna, coordenador da Defesa Civil de Taboão da Serra.
 
A Defesa Civil de Taboão da Serra foi a primeira equipe a chegar ao local do incêndio, que teve início por volta das 19h30. “Às19h30 quando aconteceu a primeira explosão o telefone 199 disparou. Nossos carros pipas [dois] colaboraram com 60 mil litros de água, cada carro fez quatro viagens”, conta Senna.

Foto: Maick Reis

Segundo Senna, 640 mil litros de etanol e 360 mil litros de acetato vazaram dos containeres da Oldflex, e foram para o córrego que fica próximo à empresa. “Vamos despejar as águas dos carros pipas para tentar mandar todo esse líquido para longe, se não tudo isso vai parar no Poá [córrego]”, diz.

Quatro pessoas ficaram feridas, segundo informações. “Quando chegamos ao local os feridos já haviam sido socorridos por populares e encaminhados ao HGP”, relata Sena.
De acordo com informações, as quatro vítimas apresentaram queimaduras no rosto, mãos e braços. Pelo menos três delas estão em estado grave, uma inclusive corre o risco de perder a visão.

Cerca de 150 profissionais trabalharam na mega operação para conter o incêndio. Foram 15 viaturas do Corpo de Bombeiros, com 50 homens. Da Defesa Civil de Taboão 34 profissionais e dois carros pipas, cada um com 7,5 mil litros de água, auxiliaram os trabalhos dos Bombeiros.

Foto: Maick Reis

A Defesa Civil de Taboão já liberou as 70 casas que foram interditadas na noite de ontem. “Interditamos 70 casas, não porque essas casas corriam risco iminente, mas para proteger as pessoas do cheiro e da fumaça”, relata Edson Galina, engenheiro da Defesa Civil de Taboão. “Todas as residências já foram liberadas”, informa Sena

Foto: Maick Reis

A limpeza das ruas e retirada dos escombros devera ser realizada pela prefeitura de Embu das Artes.

As cidades de Embu das Artes e Itapecerica da Serra também colaboram com seus profissionais, além da OHL, consórcio que administra a Rodovia Régis Bittencourt.

Técnicos da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) vão avaliar os danos causados pelo incêndio. A grande preocupação é que os combustíveis atinjam ao rios que abastecem os municípios da Grande São Paulo.

 

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