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Iniciativa da escola Julieta Caldas Ferraz é exemplo para o país
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Uma ideia simples, desenvolvida em uma escola pública aqui de Taboão da Serra, vem dando frutos que nem mesmo os educadores mais otimistas poderiam imaginar. Os alunos da Escola Estadual Julieta Caldas Ferraz, no Jd. Monte Alegre, criaram em 2006 o Grupo Estudantil Contra a Discriminação (Gecadis) que resolve, entre eles, os conflitos mais variados.
O que até bem pouco tempo atrás era motivo de preocupação da direção, deixou de ser problema e passou a ser orgulho para a escola e para a cidade. A iniciativa já recebeu diversos prêmios pelo caráter inovador, entre eles o Prêmio Nacional De Educação em Direitos Humanos, um dos mais importantes do país.
Foto: Eduardo Toledo
Alunos que fazem parte do Gecadis: orgulho de Taboão da Serra
Cerca de 20 alunos, de 11 a 14 anos, participam do Gecadis. Sempre que existe um problema de discriminação dentro da escola, o grupo é convocado, se reúne e chama o agressor e o agredido para uma conversa séria. É nessa hora que os alunos começam uma verdadeira aula de cidadania.
Dentro de uma sala os alunos mostram, através dos mais variados argumentos, que as agressões físicas, verbais e até psicológicas não devem acontecer entre eles. “Somos todos iguais, esse deve ser o nosso lema”, disse uma aluna da sexta série. Em todos os casos, os estudantes conseguiram convencer que o preconceito nada mais é do que uma estupidez que deve ser banida da vida das pessoas.
A solução do caso é selada com um aperto de mão e um pedido de desculpas do agressor. A iniciativa é assim mesmo, simples. E é graças a essa simplicidade que as coisas estão funcionando. O número de brigas entre os alunos já diminuiu cerca de 40%, os xingamentos e as ofensas, quase não existem. E, os mais incrível, muitos alunos que antes agrediam os colegas pediram para entrar no Gecadis e hoje são militantes da gentileza.
O projeto é coordenado pelas professoras Rosemeire de Moraes e Rosemaire Romera. Segundo elas, depois do início do Gecadis, muitas brigas foram resolvidas de forma mais humana e de uma forma mais rápida. “O rendimento dos alunos que eram agredidos melhorou muito. A auto-estima deles ficava abalada com as agressões”, afirmam.