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Iacta Saúde afirma que Prefeitura deve R$ 10 milhões

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Redação

04/12/2011 00:00
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Por Nely Rossany e Nicolli Oliveira

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga as fraudes na Prefeitura de Taboão da Serra, realizou oitiva na última quinta-feira, dia 1º, com o presidente da Iacta Saúde, Eduardo Vasques da Fonseca. A organização Social, responsável pela administração do Pronto Socorro e Maternidade Antena tem um contrato de 34 milhões por ano com a Prefeitura.

Eduardo Fonseca lembrou que a empresa está há quatro meses sem receber da Prefeitura e que dívida chega a 10 milhões. “Estamos fazendo empréstimos para segurar as contas, mas a situação está cada vez mais difícil”, afirmou.

Foto: Divulgação

Eduardo Vasquez, presidente da Iacta Saúde, durante depoimento na CEI

Vereador Wagner, co-relator da CEI e membro da Comissão de Saúde informou que o secretário de Saúde, José Alberto Tarifa declarou em outubro, durante prestação de contas na Câmara que a situação seria normalizada. “Pensei que a situação já estivesse resolvida, mas como se agravou vamos entrar em contato com o prefeito para cobrar uma providência”, disse Eckstein.

A CEI tinha como objetivo indagar Eduardo sobre as investigações do Ministério Público por possíveis fraudes em contratos da Iacta com as cidades Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires e denúncias de falta de atendimento no pronto-socorro, mas mudou de foco quando o depoente afirmou que há quatro meses não recebe da Prefeitura.

O vereador Olívio Nóbrega questionou Vasques sobre o número de mortes em comparação aos atendimentos. Ao ser informado da falta de pagamento, não se conformou. “Quem está errando não são vocês, somos nós políticos, que não estamos fazendo o pagamento para vocês. Se tiver recursos, que paguem urgentemente, essa reunião será útil para tomarem providências, encaminharemos um ofício para o prefeito, mas creio que será unânime a decisão de pagamento”.

Quando indagado por Olívio sobre como estão sendo feitos os pagamentos de funcionários e fornecedores, se estão sem verbas, Eduardo respondeu: “conseguimos efetuar pagamentos arrecadando empréstimos, nossos bens também estão em jogo, as dívidas só aumentam!”.

“Tenho certeza que se o Evilásio puder tirar de algum lugar, ele vai, a prioridade é a saúde e a educação. Agradeço ter vindo [Eduardo Vasques], porque quem não deve não teme”, diz vereadora Fausta, também presente na sessão.

“Nada justifica o atraso nos pagamentos da empresa”, enfatizou Cido, vereador presidente da CEI, que ainda completa: “A prioridade terá que ser a saúde, a empresa entrou no município e terá que arcar com todo esse prejuízo?”.

Outra questão levantada foi a permanência integral de um assistente social no PS Antena, que deve ser de período integral, segundo contrato, mas está apenas durante o período diurno. Os vereadores exigiram cumprimento desse item. Além de ser esclarecido que existe sim pediatra no local e que qualquer pessoa que levar uma criança, deverá ser atendida. “Espero que nenhum paciente mais deixe de ser atendido com pediatra”, enfatizou Cido.

 Denúncias no MP

O presidente da CEI, vereador Cido questionou Eduardo sobre as denúncias que envolvem a ex-diretora de empresa, Renata Lin referentes à processos no Ministério Público em outras cidades como Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, mas o representante da Iacta afirmou não ter conhecimento sobre as denúncias e informou que a mesma não faz mais parte da empresa.

Sobre as suspeitas de favorecimento da empresa no processo licitatório, negadas pelo presidente da Iacta Saúde, o vereador Cido pediu a convocação de Marcelo Rioto, hoje secretário de administração, mas que em 2010, quando a empresa ganhou o certame, era responsável pelo departamento de licitação. “Vamos continuar investigando, porque há muitas questões que ainda precisam ser esclarecidas e não é certo ter uma empresa suspeita administrando um equipamento de saúde tão importante para a cidade”, declarou Cido.

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