Homem que deu cocaína para criança de 12 anos em troca de sexo é preso

A Polícia Civil do Embu prendeu na madrugada desta segunda-feira, dia 23, Luiz Carlos de Azevedo, acusado de ter dado cocaína para uma menina de 12 anos em troca de sexo. Segundo os investigadores que trabalharam na prisão, a criança, moradora do Embu, sofreu uma overdose e acabou morrendo em uma mata no Jd. Santa Rita, periferia da cidade.

O caso revoltou os moradores do bairro onde a criança morava, próximo as obras do Rodoanel, na cidade de Embu. Segundo testemunhas, a menina de 12 anos e uma amiga de 15, foram seduzidas pelo acusado que costumava trocar cocaína e maconha por sexo com as crianças.

Foto: Reprodução

Cocaína encontrada na casa de Luiz Carlos Azevedo, acusado de diversos crimes

No dia 11 de novembro, Jamile (a vítima de 12 anos) e uma amiga de 15, se encontraram com o acusado próximo a rodovia Régis Bittencourt. Ele dirigia um carro e deu carona para as meninas até sua casa, na cidade de Carapicuíba. De acordo com o depoimento da menina mais velha, Luiz teria oferecido cocaína para as duas duas em troca de sexo.

Jamile teria cheirado uma grande quantidade da droga e começou a passar mal. Preocupado, Luiz pegou as duas crianças e as colocou no carro. A ideia do acusado era levar as meninas de volta para Embu. O quadro de Jamile piorava a cada minuto e ela chegou a ter convulsões no veículo.

Segundo a testemunha, Luiz teria levado as duas até uma trilha no meio da mata que leva até a favela Santa Rita, onde Jamile morava. Mesmo com a menina incosciente, Luiz  a deixou no meio do mato. A amiga ainda tentou fazer uma massagem no peito de Jamile, mas assustada, foi para casa e não contou o ocorrido para ninguém.

O corpo da vítima foi encontrado no dia seguinte por moradores. A Polícia Civil foi chamada e começou as investigações. Uma testemunha havi a dito que viu as duas meninas entrando no carro. Ao ser chamada, a amiga contou a história. Os investigadores descobriram a chapa do veículo de Luiz e conseguiram localizar sua casa, em Carapicuíba.

Através de uma ordem judicial, o sigilo telefônico do acusado foi quebrado e os investigadores da Polícia Civil do Embu tiveram acesso as ligações feitas no dia da morte de Jamile. Luiz teria ligado para a casa da garota de 15 anos poucas horas antes do crime. Com as provas nas mãos, a justiça concedeu um mandato de prisão contra o acusado.

Os policiais montaram uma campana até terem certeza que Luiz ainda estava no apartamento. Na madrugada da segunda-feira, dia 23, os investigadores Eduardo, Rosana, Antenor e Cardoso, invadiram a casa do acusado. Na hora, ele não estava, mas os policiais descobriram 115 gramas de maconha escondidos no freezer. No banheiro, mais 285 gramas de cocaína.

A operação foi um sucesso. Poucas horas depois, Luiz chegou ao apartamento. Sem saber de nada, entrou em sua casa e deu de cara com os investigadores, que deram voz de prisão em flagrante por porte de entorpecentes. Na delegacia do Embu, Luiz assumiu que era o dono das drogas, mas negou qualquer envolvimento com a morte de Jamile.

De acordo com José Messias Pignataro, chefe dos investigadores, ele responderá a dois inquéritos, um deles por tráfico de drogas e outro por corrupção de menores, tráfico e omissão de socorro. As investigações foram supervisionadas pelo delegado Marcelo Santos Silva, que está cobrindo férias do delegado titular Dr. Mário Watanabe.

Luiz Carlos de Azevedo estava preso até novembro do ano passado. Ele cumpriu pena por furto, receptação e tráfico dentro da própria cadeia. Depois de quatro anos, ele foi beneficiado com a progressão de pena e foi solto pela justiça. Ele é viúvo, pai de três filhos e avô de uma menina.