Governo inicia retirada de sedimentos de rios da região
O governador Geraldo Alckmin apresentou na manhã desta quarta-feira, 4, um balanço das obras de desassoreamento realizadas nos rios Pinheiros, Tietê e em seus afluentes inclusive na Bacia do Pirajuçara, que abrange as cidades de Taboão da Serra e Embu das Artes. Alckmin também anunciou que o Piscinão Olaria, que irá beneficiar a região, será entregue no segundo semestre.
De acordo com a assessoria do DAEE, em toda a Região Metropolitana, o trabalho de limpeza dos rios e córregos já atingiu a marca de 4,4 milhões de metros cúbicos de sedimentos removidos, um aumento significativo na capacidade de dar vazão às enchentes.
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Governo do Estado também está limpando os piscinões da região
“O que nós retiramos de material assoreado equivale a 86% da capacidade de todos os piscinões. São quase 1.800 piscinas olímpicas, o que deu uma capacidade de reservação, uma segurança muito grande. Nós chegamos a ter um dia, em janeiro, com 50 milímetros de chuva, e mesmo assim não teve nenhum transbordamento. E o trabalho vai continuar, para quando chegar no verão do ano que vem, ter mais segurança ainda. Vamos tirar do Pinheiros mais 700 mil m³ e do Tietê mais 900 mil m³. Aí é só fazer a manutenção”, explicou Alckmin.
O desassoreamento teve um impacto significativo já neste verão. Ao mesmo tempo, o governo está trabalhando em obras que trarão benefícios ainda maiores nos próximos anos, como afirmou o governador: “Vamos entregar, no segundo semestre, mais um piscinão, o 29º, o de Olaria, na Bacia do Pirajuçara, e vamos começar outro na Bacia do Tamanduateí. É um trabalho permanente para manter os rios, principalmente o Tietê e o Pinheiros, bem desassoreados, voltando à batimetria original da calha”.
No momento, estão em obras ou em processo de licitação 11 piscinões na Região Metropolitana de São Paulo. Com essas intervenções, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, deve aumentar em 2,7 milhões de m³ a capacidade de armazenamento contra enchentes na região até 2014. Estão em obras o piscinão Olaria, o Guamiranga e mais dois no canal de circunvalação na região de Guarulhos. Outros 4 estão em fase de licitação, todos em Franco da Rocha.
As obras de desassoreamento no rio Pinheiros estão sendo realizadas pela EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), ligada à Secretaria de Energia e no Rio Tietê e afluentes, pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), vinculado à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos.
Tietê e afluentes
De janeiro de 2011 até agora, foram retirados 3,559 milhões de m³ de sedimentos do Tietê e dos córregos e rios afluentes que deságuam no rio (Córrego Juqueri, Córrego Carapicuíba, Rio Cotia, Rio Cabuçu de Cima, Rio Baquirivu-Guaçu, Córrego Três Pontes). Para se ser uma idéia, todos os dias são retiradas 500 toneladas de lixo do rio Tietê. É o mesmo volume de lixo produzido por dia por uma cidade como Ribeirão Preto, que tem 600 mil habitantes.
O DAEE está investindo R$ 270 milhões no desassoreamento dos três lotes do Tietê e seus afluentes: Lote 1 – Edgar de Souza até a Barragem Móvel do Cebolão (16,5 km); Lote 2 – Cebolão até a Barragem da Penha (24,5 km); Lote 3 – Barragem da Penha até o Córrego três Pontes (25 km). O trabalho é feito concomitantemente nos três trechos (66 km).
O principal objetivo é aumentar a capacidade de vazão do rio Tietê, reduzindo o risco de inundações nas avenidas Marginais. As máquinas estão trabalhando 24 horas por dia, seis dias por semana. O material escavado está sendo depositado na Lagoa de Carapicuíba e em aterros sanitários. O transporte do material escavado é realizado por mais de 70 máquinas, entre elas 18 barcaças, 50 caminhões e 27 escavadeiras.
Pinheiros
Somente das águas do rio Pinheiros já foram retirados 882 mil m³ de material assoreado e a previsão é que até 2013 esse número chegue a 1,5 milhão m³. O investimento da EMAE no desassoreamento do Pinheiros é de R$ 71,8 milhões.
Para a realização desse trabalho no canal Pinheiros estão sendo empregadas quatro dragas de sucção e recalque, quatro barcaças, duas plataformas flutuantes com escavadeiras, cerca de 90 caminhões, além de quinze escavadeiras, duas pás carregadeiras e veículos de apoio.
Também foram retirados, até março deste ano, mais de 1,07 milhão de m³ de sedimentos das caixas de bota-fora pertencentes à Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). Este trabalho, denominado desaterro, é essencial para o processo, pois libera espaço para disposição dos novos sedimentos.