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Fraude na folha de pagamento passa de R$ 200 mil

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Redação

16/06/2011 00:00
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A fraude na folha de pagamento da prefeitura de Taboão da Serra detectada pela Comissão Especial de inquérito que apura as irregularidades no sistema financeiro da cidade ouviu nesta quarta-feira, dia 15, o secretário de Recursos Humanos, Gilmar Leone.

O secretário confirmou que no ano passado, em janeiro de 2010, foi detectada uma fraude na folha de pagamento que causou um prejuízo de pelo menos R$ 221 mil. “Nós não sabemos a quanto tempo era feito [o esquema], descobrimos que de setembro de 2007 até a data da descoberta [dezembro de 2009] o valor do rombo chegou a R$ 221 mil”, disse o secretário.

Foto: Divulgação

Entre documentos e provas, Gilmar Leone depõe na Câmara Municipal

De acordo com seu depoimento, uma funcionária concursada chamada Flávia Renata, que trabalhava na época no Departamento Pessoal, fazia o esquema junto com o seu namorado, William, ex-funcionário da prefeitura que na época estava na Conam, empresa que gerencia diversos sistemas na prefeitura, inclusive da folha de pagamento.

“Ela começou a namorar com esse Willian, que já havia sido estagiário da prefeitrua antes de ir para a Conam. Eles tiveram um relacionamento, ela engravidou, separou do marido e casou com ele [William]. Em seguida pediu diversas licenças que tinha direito, quando ela voltou, achei melhor tirar ela do RH porque ela era indisciplinada, ela acabou sendo transferida para a Usina”.

Segundo Gilmar, o esquema era “à prova de descobertas”. A dupla entrava no sistema com suas senhas, fazia diversos lançamentos na folha de pagamento em nome de servidores inativos, reativando pagamentos de pensão alimentícia e alteravam para que o dinheiro fosse depositado em contas ligadas a eles.

O esquema era quase perfeito porque em seguida Willian, de dentro do prédio da Conam, entrava no sistema e apagava os rastros deixados pelos pagamentos indevidos. “Como ela [Flávia] conhecia todo o sistema, ela sabia os prazos de fechamento da folha e incluía o valor. Eles entravam no sistema e excluíam o lançamento logo após o pagamento”, garantiu Gilmar.

Segundo o depoimento do secretário, “a Conam demitiu o funcionário por justa causa e nós abrimos um processo disciplinar, antes dela ser citada, ela não apareceu mais. Pediu exoneração através do Atende, o Jurídico aceitou e foi aberto um Boletim de Ocorrência na delegacia”.

Para o vereador Paulo Félix, é inacreditável que a empresa Conam mais uma vez apareça como facilitadora do esquema. “O cachorro corre atrás do rabo e sempre encontra a Conam”, ironizou.

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