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Faltam vagas para internação de dependentes em Taboão da Serra

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Redação

21/01/2012 00:00
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Por Nely Rossany, da Gazeta SP

O assunto mais comentado no mês de janeiro foi a ação, orquestrada pelo governo do Estado na Cracolândia, no centro da cidade de São Paulo. Policiais Militares limparam o local e fizeram os usuários de drogas se espalharem pelos bairros adjacentes. Mas a cracolância não está presente somente na capital paulista, em Taboão da Serra também houve uma ação semelhante, que deixa claro o despreparo dos governos a lidar com esse assunto de saúde pública.

Em agosto do ano passado, a Gazeta SP publicou reportagem sobre a cracolândia de Taboão da Serra, no bairro Jardim Clementino, em um terreno da avenida Kizaemon Takeuti. Moradores e comerciantes da região reclamavam e se sentiam ameaçados. Logo depois, a Prefeitura em conjunto com a Polícia Militar realizou uma mega operação que tirou os usuários de drogas do local.

Foto:Thiago Neme | Gazeta SP

Governo do Estado não disponibiliza leitos nos Hospitais para tratamento de dependentes

Alguns assistentes sociais e conselheiros de saúde acompanharam a ação e tentaram convencer os dependentes a se tratarem. De vinte pessoas abordadas, somente duas aceitaram ser encaminhadas a uma avaliação profissional no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD).

Mesmo os pacientes que aceitaram o tratamento, não são todos que se adéquam ao perfil dos CAPS que não conta com a internação, necessária nos casos em que os médicos prescrevem um tratamento que inclui a desintoxicação. O dependente que precisa de internação raramente consegue uma vaga em um hospital público que não está preparado para esse tipo de atendimento.

“Não há leitos nos hospitais”, diz secretário
 
AGazeta SP entrevistou o secretário de Saúde de Taboão, José Alberto Tarifa que apontou a falta de leitos nos Hospitais Gerais como a grande dificuldade no tratamento dos dependentes químicos. “Não existe referência para internação para desintoxicação. Às vezes conseguimos um leito para 4 a 5 dias, mas nada mais do que isso. Agora, a Prefeitura está buscando parcerias com instituições da cidade e nesse momento dispomos de quatro vagas mensais, mas pelo Governo do Estado não existe nenhum”, relata José Alberto.

A coordenadora de Saúde Mental do município, Dra. Fernanda Zanetti classifica o trabalho realizado pelo Caps, como de ‘formiguinha’. “Da abordagem ao tratamento há um longo caminho a percorrer. Por mês, de 80 a 100 pacientes nos procuram, mas alguns estão em com o organismo tão debilitado, que precisam de intervenções de medicamentos. Não podemos abandonar nenhum paciente e fazemos um trabalho árduo com conversas e aproximação da família também. O grande passo é o paciente perceber que precisa de tratamento”, esclarece Zanetti.

Em muitos casos, a família entra em desespero quando não encontra vagas e acaba se endividando pagando as altas mensalidades de clínicas particulares no interior. A Gazeta SP pesquisou e o preço que varia de R$ 400,00 a R$ 1500,00 por mês e o tratamento é de no mínimo seis meses.  

Outro lado

O Governo do Estado diz que a atual política de saúde mental do Ministério da Saúde, válida para todo o Brasil, não prevê internação de dependentes químicos, mas que apesar disso, a Secretaria Estadual de Saúde vem custeando o tratamento desses pacientes em clínicas de internação que atendem de forma regional, ou seja, prestam assistência a pacientes de um grupo de cidades de seu entorno.

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual também informou que nos últimos quatro anos foram implantados cerca de 400 leitos para internação de dependentes químicos no Estado, em cidades como a capital, São Bernardo do Campo, Itapira, Marília, Bauru e Presidente Prudente, entre outras. Mas não soube dizer quantos leitos existem na cidade de Taboão da Serra e região. 

A Secretaria afirma que pretende dobrar o número de leitos de internação para dependentes químicos nos próximos dois anos em todo o Estado. “Neste momento, a pasta está finalizando mapeamento dos serviços existentes e da demanda para definir os locais onde serão implantadas as novas clínicas. O investimento será de R$ 200 milhões”, informa nota enviada.

Segundo o governo do estado de São Paulo, dois novos serviços já estão previstos. Na cidade de São Paulo, o Hospital das Clínicas da FMUSP terá um prédio voltado, exclusivamente, ao tratamento de dependência química. Com 52 leitos, dos quais 40 para adultos e 12 para adolescentes, o local também abrigará uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps-ad).

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