Escultura do artista Gaiga é destruída na praça central de Embu das Artes
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Um ato de vandalismo destruiu na madrugada desta segunda-feira, dia 13, uma escultura do artista plástico Gaiga. A obra estava exposta na praça das Artes, região central de Embu das Artes e ficou completamente destruída. No local existem quase 60 esculturas de mais de 40 artistas diferentes.
A repercussão sobre a destruição da peça gerou muitos comentários na cidade durante todo dia. A obra, que representava uma mulher negra, foi arrancada do chão e jogada no canteiro. Para muitos, o ato criminoso pode ser uma atitude racista e isso fomentou o debate em Embu das Artes nesta segunda.
A reportagem do Portal O Taboanense conversou com Jair Alves Gaiga, o autor da obra destruída. Ele cobrou da prefeitura mais segurança no local. “Hoje de manhã tomei informação do que tinha acontecido, tivemos uma conversa com a secretária Rosana, e expressamos o nosso descontentamento, a comissão organizadora da exposição já havíamos levantando por diversas vezes a importância de uma segurança para as obras, mas o que dá a compreender é que a prefeitura não valoriza muito, né? Não respeita”.
Segundo Gaiga, essa não é a primeira vez que esse tipo de vandalismo acontece. “Essa é a terceira vez, já houve isso com outros artistas também. No Centro Cultural Mestre Assis, algumas pinturas e telas foram rasgadas e não tomaram as providências corretas e certas.
Sobre a obra destruída, Gaiga diz não saber o motivou o ato criminoso. “É uma manifestação do pensamento relacionado ao homem, a mulher principalmente que é esse tema que apresento na escultura. O corpo de uma mulher negra. A uma sensação muito grande, pelo fato de abordar a negritude, uma mulher negra, bonita, elegante, com um corpo bonito. Acredito que deva ter criado um certo descontentamento. Não tenho muita certeza, não chegou ainda pra mim o motivo exato do que aconteceu”.
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Gaiga ao lado da sua escultura que estava instalada na Praça das Artes[/caption]
Artista premiado, Gaiga tem formação superior em Artes Plásticas na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), em São Paulo, onde foi orientado pelos reconhecidos professores artistas Nelson Leirner e Nicolas Vlavianos.
Além disso, Gaiga é um reconhecido pintor e escultor, também fez parte do Grupo Trapo Humano, pioneiro no Teatro da periferia nos anos 1970-80. E é um dos organizadores do Festival Canta Tereza. Ele já participou de diversas exposições em todo Brasil.
“Meu sentimento é de muita tristeza, porque o trabalho ele é feito a partir da minha história de vida, das minhas emoções, das minhas sensibilidades, dos meus sonhos, das minhas esperanças. Do amar e gostar de arte. Dedico minha vida inteira a esse trabalho, tenho respeito muito grande pelas manifestações artísticas e culturais. É uma tristeza enorme, estamos na cidade das Artes”, Lamentou Gaiga.
Com informações de Márcio Amêndola
Gaiga ao lado da sua escultura que estava instalada na Praça das Artes[/caption]
Artista premiado, Gaiga tem formação superior em Artes Plásticas na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), em São Paulo, onde foi orientado pelos reconhecidos professores artistas Nelson Leirner e Nicolas Vlavianos.
Além disso, Gaiga é um reconhecido pintor e escultor, também fez parte do Grupo Trapo Humano, pioneiro no Teatro da periferia nos anos 1970-80. E é um dos organizadores do Festival Canta Tereza. Ele já participou de diversas exposições em todo Brasil.
“Meu sentimento é de muita tristeza, porque o trabalho ele é feito a partir da minha história de vida, das minhas emoções, das minhas sensibilidades, dos meus sonhos, das minhas esperanças. Do amar e gostar de arte. Dedico minha vida inteira a esse trabalho, tenho respeito muito grande pelas manifestações artísticas e culturais. É uma tristeza enorme, estamos na cidade das Artes”, Lamentou Gaiga.
Com informações de Márcio Amêndola
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