A partir de segunda-feira, dia 20, escolas estaduais de Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Cotia e Vargem Grande Paulista iniciam a aplicação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2025. O exame, promovido pelo governo federal com apoio da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), será aplicado até 31 de outubro a estudantes dos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio. No caso dos alunos do 2º ano do Fundamental, a participação é por amostragem. A expectativa é que cerca de 790 mil estudantes da rede paulista participem da avaliação, que tem como objetivo medir o nível de aprendizagem nas escolas públicas e privadas do país. Diferente das provas internas das unidades escolares, o Saeb analisa o desempenho das redes de ensino, servindo de base para indicadores nacionais como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e para a formulação de políticas públicas voltadas à melhoria da qualidade educacional. Nesta edição, os testes abrangem língua portuguesa e matemática, com questões elaboradas a partir das Matrizes de Referência de 2001 e alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Algumas turmas dos 5º e 9º anos também responderão perguntas de ciências da natureza e ciências humanas. O número de questões varia conforme o nível de ensino — 44 para o 5º ano (22 de cada disciplina) e 52 para o 9º ano e 3ª série do Médio (26 de cada componente). Cada escola definirá seu próprio cronograma, em parceria com as instituições aplicadoras. Os resultados serão divulgados em agosto de 2026. De acordo com o secretário estadual da Educação, Renato Feder, o Saeb é um instrumento essencial para compreender a evolução do aprendizado. “O Saeb não é apenas mais uma prova, mas um importante termômetro do desenvolvimento dos nossos estudantes. Ele nos ajuda a acompanhar o progresso desde a alfabetização até as habilidades mais avançadas do Ensino Médio”, explica. Preparação e engajamento Para preparar a rede, a Seduc-SP promoveu simulados durante o ano letivo, baseados na Teoria da Resposta ao Item (TRI) e nos descritores oficiais do exame. As provas foram aplicadas em formato impresso e corrigidas digitalmente, garantindo um retorno rápido às escolas. O objetivo foi diagnosticar o nível de aprendizado em língua portuguesa e matemática e fortalecer o desempenho nas avaliações oficiais. Além dos simulados, a secretaria criou o Brasileirão Saeb, um desafio entre escolas que estimula o engajamento dos alunos com atividades criativas, aulas temáticas e rankings divulgados quinzenalmente no sistema Painel Escola Total. Turmas com alta frequência e bom desempenho nas avaliações podem receber pontuações extras e premiações simbólicas criadas pelas próprias unidades. “O engajamento dos estudantes é fundamental. Por isso, as escolas estão adotando estratégias lúdicas, como jogos, aulas especiais e até batalhas de rimas, para aproximar o conteúdo do cotidiano dos jovens”, destacou Feder. Em 2026, o desempenho no Saeb também será considerado para a bonificação dos grêmios estudantis. Escolas que atingirem as metas estabelecidas poderão receber repasses que variam de R$ 5 mil a R$ 70 mil, conforme o tamanho da unidade e o nível de desempenho alcançado.